A recém-nomeada vice-presidente do PSD, Elina Fraga, fez as suas primeiras declarações à RTP3 negando qualquer traição ao partido por uma decisão tomada em 2014 na qualidade de bastonária da Ordem dos Advogados.
"Muitas pessoas nem sequer têm consciência do circunstancialismo em que foi apresentada a queixa-crime, na altura, contra os membros do Governo que aprovaram o mapa judiciário", indicou.
"Não é uma decisão pessoal, foi uma decisão que tomei em consciência, aprovada na assembleia-geral da Ordem dos Advogados", acrescentou.
A nomeação de Elina Fraga causou, relembre-se, desconforto entre alguns militantes do partido, tendo inclusive vindo a público algumas críticas. Paula Teixeira da Cruz, por exemplo, uma das visadas pela queixa-crime, na altura, acusou Rui Rio de "traição".
"Não me arrependo dessa decisão, exatamente porque cumpri aquilo que era a função de uma bastonária, a defesa do Estado de Direito e a defesa dos direitos, liberdades e garantias do cidadão", afirmou, sublinhando que se tratou de "talvez uma das assembleias-gerais mais participadas da Ordem".
"Estavam lá advogados de todos os quadrantes políticos", acrescentou.