Capucho regressa ao PSD e saúda "matriz social-democrata" de Rui Rio
O ex-vice-presidente do PSD António Capucho vai regressar ao partido, cinco anos depois de ter a sua militância suspensa, e saudou hoje o "regresso à matriz social-democrata" da liderança de Rui Rio.
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Política Partidos
"Até final da semana", Capucho e um grupo de militantes expulsos por apoiarem uma candidatura independente nas autárquicas de 2013, em Sintra, vão pedir, ao Conselho de Jurisdição Nacional, a revogação da decisão de há cinco anos.
Em declarações à agência Lusa, o antigo secretário-geral social-democrata afirmou que já não se justificam os motivos que levaram à suspensão da militância por ele e mais 80 militantes apoiarem Marco Almeida, dado que o PSD se "arrependeu" e apoiou-o nas autárquicas seguintes.
No dia seguinte ao congresso do PSD, de consagração de Rui Rio, António Capucho anotou que a moção de estratégia "é de regresso à matriz social-democrata", que faz "uma retificação do percurso anterior", com Pedro Passos Coelho, com a qual discordou.
E disse esperar que resulte -- "tenho esperança que sim" -- o "acordo político" entre Rio para uma "unidade na ação" no partido, desdramatizando quer a votação da comissão política (64,7%) quer a escolha da ex-bastonária Elina Fraga para vice-presidente.
Capucho acredita que a polémica em torno de Elina Fraga, que apresentou queixa contra os ministro do anterior Governo do PSD devido ao mapa judiciário, "não tem influência sensível" na estratégia e "construção da alternativa" de Rui Rio no partido.
Nem o facto de o novo presidente não ter feito propostas mais concretas no discurso de encerramento preocupa em demasiado o também antigo líder parlamentar, que teve Rui Rio como "vice" da bancada social-democrata.
"Não deu o detalhe [no discurso] nem tinha que dar. As grandes reformas estruturais estão lá, o detalhe das reformas serão adotadas mais tarde pela comissão política, em articulação com o grupo parlamentar", afirmou.
Capucho é favorável a acordos com o PS em áreas como a segurança social ou a justiça, que o novo líder defendeu nos dois discursos aos congressistas, na sexta-feira e no domingo, ou ainda nas leis eleitorais.
Dos discursos que Rio fez ao congresso, um a abrir e outro a fechar, há a reter uma clarificação quanto ao "não" a um Bloco Central e um desafio ao Governo para uma reforma na Segurança Social.
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