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PCP diz que BE apresenta voto sobre a Síria que Trump teria subscrito

O PCP acusou hoje o BE de apresentar um voto de condenação aos bombardeamentos na região síria de Ghouta que podia ter sido subscrito pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

PCP diz que BE apresenta voto sobre a Síria que Trump teria subscrito
Notícias ao Minuto

19:56 - 22/02/18 por Lusa

Política João Oliveira

O texto, aprovado com os votos favoráveis de PSD, PS, BE, CDS e PAN, e votos contra de PCP e PEV, condena "os bombardeamentos indiscriminados na região de Ghouta e repudia a persistente violação dos direitos humanos e os crimes contra a humanidade sobre a população síria".

No período de discussão da moção, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira acusou o BE, que foi o proponente do texto, de apresentar "um voto que poderia ter sido subscrito pelo próprio Donald Trump".

Para o PCP, os Estados Unidos e os seus aliados Israel, Turquia e França têm um "objetivo de divisão da Síria, tal como fizeram no Iraque e na Líbia" e "apoiam-se uma vez mais numa gigantesca operação mediática que reproduz a propaganda de guerra".

Durante a intervenção de João Oliveira nas bancadas à esquerda deu-se uma visível acesa discussão entre o comunista Francisco Lopes e o bloquista Jorge Costa, sentado ao lado da coordenadora do BE, Catarina Martins.

Os restantes partidos - o PEV que também votou contra mas não interveio -, usaram da palavra para apoiar o voto e condenar a "série de ataques perpetrada pelas forças militares leais a Bashar al-Assad" que tem "devastado o enclave rebelde de Ghouta Oriental", conforme foi expresso no voto.

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, disse que o Bloco não isenta "ninguém das culpas que tem na mortandade que está a existir na Síria" e que "não há ditadores bons e ditadores maus, não há ingerências externas boas ou más, não há bombas boas e bombas más".

Paulo Neves, pelo PSD, questionou como é que se cometem "crimes contra a Humanidade diariamente na Síria feitos, ou com o apoio, ou com o silêncio, de grandes potências mundiais, as mesmas que controlam o Conselho de Segurança das Nações Unidas e que vetam qualquer condenação a estes sistemáticos ataques a populações indefesas".

Na mesma linha, o socialista Paulo Pisco PS defendeu que "é preciso que as grandes potências ponham a mão na consciência e se deixem de jogos de geoestratégia" na Síria.

O líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, considerou que se trata de "atos que configuram grandes crimes de guerra, que são absolutamente inaceitáveis independentemente de qualquer responsabilidade política", argumentando que, "perante a brutalidade destes atos" nem sequer "é altura certa para falar" dessas responsabilidades.

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