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Rui Nunes apresenta-se como único candidato de "rutura" ao PSD/Porto

O professor catedrático Rui Nunes apresentou hoje uma candidatura "de rutura" à presidência do PSD/Porto, prometendo "mudança" para um partido "forte, unido e coeso" que sirva "a sociedade e o distrito antes de se servir a si próprio".

Rui Nunes apresenta-se como único candidato de "rutura" ao PSD/Porto
Notícias ao Minuto

13:00 - 08/03/18 por Lusa

Política Candidatura

"Se as pessoas querem uma rutura, ela só pode acontecer com a minha candidatura. Este projeto quer criar um PSD distrital forte, unido e coeso, preparado para servir os interesses da população e do distrito antes de se servir a si próprio", afirmou em conferência de imprensa o candidato à Comissão Política Distrital do PSD do Porto, cujo atual mandato, liderado desde 2016 pelo presidente da câmara da Maia, Bragança Fernandes, termina em julho.

A "abertura à sociedade civil", a necessidade de "um novo olhar para o interior do distrito" e de um "pensamento estratégico" para as eleições autárquicas, de modo a colmatar os maus resultados do partido em 2017, foram alguns dos destaques feitos por Rui Nunes em relação ao projeto que se propõe liderar "por dois anos".

"O nosso projeto é para dois anos. Se for um projeto que mereça a confiança das pessoas, poderá continuar, comigo ou sem mim, porque não é um projeto individual", explicou.

Defendendo um PSD "forte, vitorioso e determinado", Rui Nunes disse, em resposta a questões dos jornalistas sobre a prestação do partido nas autárquicas de setembro, que "há muito para fazer" porque "os resultados revelaram falta de empenho".

"O resultado do PSD tem várias causas e só poderemos [a Distrital] intervir no que for da nossa esfera de competências. Mas, em muitos concelhos, o problema não foi o candidato. Foi uma má governação distrital, uma falta de estratégia e planeamento", afirmou.

"O PSD não lidera nenhuma câmara do litoral do distrito. Essa é uma mudança absolutamente imperativa que começa a preparar-se hoje", frisou.

Rui Nunes justificou a decisão de avançar com a candidatura com a alteração "de ciclo político" decorrente da nova liderança do PSD e a "necessidade de mudança" distrital.

O candidato referiu-se ainda à descentralização administrativa e ao financiamento comunitário 2030 como "duas prioridades estratégicas no curto prazo", em cujas "discussões e negociações" o PSD/Porto "tem de estar envolvido".

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto notou que vai estar "particularmente atento" ao interior do distrito, que "precisa de um novo olhar".

Rui Nunes explicou que a sua equipa vai, agora, "construir o programa, olhando para o desenvolvimento coletivo do distrito e colocando-o à frente de todos os outros interesses".

Rui Nunes foi o primeiro presidente da Entidade Reguladora da Saúde, instituição onde é atualmente presidente do Conselho Consultivo, e integrou o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (2003/2009), sendo também coordenador do Conselho Nacional para o Serviço Nacional de Saúde da Ordem dos Médicos.

Foi também o fundador da plataforma "Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda para Portugal", coordenou o programa "Porto Cidade de Ciência" e é responsável pela coordenação da equipa que apresentou à UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] uma proposta para a implementação de uma Declaração Universal de Igualdade de Género, em apreciação.

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