Declarações de Rio foram inoportunas. "Fazia melhor não ter dito nada"

Joaquim Jorge acredita que Rui Rio devia ter lidado de outra forma com o caso Barreiras Duarte.

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Inês André de Figueiredo
26/03/2018 10:00 ‧ 26/03/2018 por Inês André de Figueiredo

Política

Joaquim Jorge

Joaquim Jorge, num artigo de opinião escrito para o Notícias ao Minuto, salvaguarda que, para si, o assunto Barreiras Duarte estava “encerrado”, mas que as declarações de Rui Rio merecem que se volte a debruçar sobre o tema.

“Rui Rio afirmou que o que aconteceu, ‘foi uma desproporção brutal àquilo que estava em causa’. Acrescentando que foi um ‘massacre’”, recorda. “Eu falo por mim, nada tenho contra Feliciano Barreiras Duarte, mas para quem auto-elege a bandeira da honestidade como Rui Rio, acho estranho dizer o que disse, na falsificação de um currículo e da própria morada fiscal”.

Sobre o currículo do ex-dirigente social-democrata, o fundador do Clube dos Pensadores considera que é “insultante e indigno” o que aconteceu, até por respeito aos “universitários que trabalharam arduamente para terem um mestrado ou um doutoramento”.

E, em relação à morada fiscal fornecida por Barreiras Duarte ao Parlamento, Joaquim Jorge pede também “respeito pelos deputados que dão a sua verdadeira morada”.

“Se bem estão lembrados, o ministro alemão Karl-Theodor zu Gutenberg demitiu-se imediatamente, em 2011, por acusações de plagiar 20% da sua tese de doutoramento”, relembra, frisando que “a sociedade alemã foi capaz de submeter ao escrutínio os seus governantes”.

“É o que a sociedade portuguesa fez em relação aos seus políticos, nada a acrescentar”, assegura.

Joaquim Jorge refere que “um escândalo como o que aconteceu com Barreiras Duarte não penaliza somente quem o protagonizou, mas também a quem não sabia ou não consegue geri-lo bem, que foi o caso de Rui Rio”.

“A exigência de escrutínio é das melhores coisas que tem uma democracia. A necessidade de limpeza, de esclarecimentos, de transparência e de honestidade”, alerta.

“Se, se tivesse demitido, na hora, dava por assumido o que fez e a polémica morria passado uns dias. Assim não, ainda para mais, com este tipo de declarações inoportunas de Rui Rio que fazia melhor não ter dito nada”, acrescenta ainda o biólogo.

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