"Não sou padrinho político de Passos, sou amigo dele"
O empresário Ângelo Correia, cujas relações próximas que mantém com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, são sobejamente conhecidas, garante, em entrevista publicada na edição desta segunda-feira do Diário Económico, que não é “padrinho político” do líder do Governo, antes seu “amigo há muitos anos”. Não obstante, Ângelo Correia assume ainda o seu desapontamento com o Executivo e com todos os partidos, sem excepção.
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Política Ângelo Correia
Assegura não ter vocação alguma para influenciar políticos, mas não deixa de assumir a amizade que o liga, “há muitos anos”, ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Porém, em entrevista ao Diário Económico, o empresário Ângelo Correia, não deixa de tecer críticas aos erros governativos que vêm sendo acumulados nos últimos tempos e manifesta o seu desencanto face a todos os partidos.
“Não sou padrinho político, sou amigo dele há muitos anos”, afiança Ângelo Correia, reportando-se ao chefe do Governo, Pedro Passos Coelho. Aliás, à semelhança do primeiro-ministro, também o candidato social-democrata à Câmara Municipal do Porto, Luís Filipe Menezes, conta com a sua amizade. E, nesse sentido, observa, “obviamente que tentei influenciá-los no sentido de transmitir-lhes aquilo que eu pensava que era necessário para que o partido fosse melhor”. De resto, Ângelo Correia garante não ter qualquer “vocação para influenciar directamente” políticos.
Aliás, o seu afastamento das lides político-partidárias, corria o ano de 1995, aconteceu, diz, também em função do facto de ter falhado esses objectivos.
O social-democrata admite ainda ter falado “algumas vezes” com Passos Coelho ao longo da recente crise política que colocou o País em suspenso, não o tendo aconselhado, mas antes trocado opiniões com o primeiro-ministro.
Ao mesmo tempo, faz sobressair o empresário: “Estou desencantado com o ciclo partidário português em geral”, isto porque “todos os partidos não pensam suficientemente”.
Questionado sobre a possibilidade de regressar aos palcos da política, Ângelo Correia é peremptório: “Nunca mais. A funções políticas, não”. “A minha ambição é passar os dias que me restam a pensar, estudar e fruir um pouco a natureza”, remata.
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