Web Summit. "Será difícil ver tudo o que querem, porque há muita coisa"

Arrancou na segunda-feira a quarta edição da Web Summit em Portugal, um evento que vai prolongar-se até quinta-feira

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Miguel Patinha Dias e Beatriz Vasconcelos
05/11/2019 08:30 ‧ 05/11/2019 por Miguel Patinha Dias e Beatriz Vasconcelos

Tech

Web Summit

A Web Summit começou esta segunda-feira, dia 4, e nela vão marcar presença mais de 70 mil pessoas provenientes de vários países. Sejam eles CEO de empresas, fundadores de startups, desportistas, bloggers e membros dos media, a Web Summit no Parque das Nações é um evento que é alvo de uma organização estudada.

Pensar numa organização desta dimensão é algo complexo e com desafios pela frente. A este propósito, o Notícias ao Minuto falou com Carla Batista, que faz parte da organização de uma das maiores cimeiras de tecnologia do mundo.

Numa conversa curta, que decorreu à margem da Web Summit, que começou na segunda-feira, no Parque das Nações, em Lisboa, houve tempo para falar sobre as expectativas para este ano e até mesmo para deixar alguns conselhos aos que cá estão pela primeira vez, bem como aos veteranos. 

Quais são as principais novidades para a edição deste ano?

Há grandes mudanças ao nível dos palcos... ao nível de conteúdo está muito interessante. Acho que vamos ter umas novidades em primeira mão, o que vai ser bastante agradável.

Pode levantar o pano em relação a alguma destas novidades?

Não, não. [risos]

Em anos passados já tiveram áreas dedicadas a desporto, moda ou lifestyle. Nota-se que têm tido essa preocupação em oferecer um pouco de tudo. Este ano, qual é a área que planeiam introduzir na cimeira?

Neste momento temos 19 palcos, com 19 temas completamente diferentes. Todos os dias os palcos mudam de nome e tema, só por aí dá para perceber a quantidade de temas que teremos. Alguns dos palcos existem todos os anos - e [alguns] têm crescido como o 'creative'. O 'sports' também será diferente, o 'music notes' vai ser muito interessante este ano.

Isto tem crescido bastante, o crescimento da equipa é assustadoramente rápidoComo é que é gerir isto tudo do ponto de vista de produção? A Carla já está na organização da Web Summit há quatro anos. O desafio de fazer esta gestão foi-se tornando mais complicado à medida que o evento foi ganhando outras dimensões?

A Web Summit tem feito crescer a sua equipa. Tem produtores de conteúdos dedicados a encontrar temas e pessoas específicas com novidades a apresentar ao mundo. Tem crescido imenso. Até estão a iniciar uma equipa em Portugal e estão todos os dias a contratar pessoas. Isto tem crescido bastante, o crescimento da equipa é assustadoramente rápido. Têm muita 'pontaria' para irem buscar pessoas a sítios que ninguém imagina.

Mais um ano de Web Summit e continua a polémica em torno do uso de voluntários na organização do evento. Como é que olha para estas críticas?

Os voluntários não estão na organização, ajudam na informação, no bengaleiro... Não percebo o porquê de tanta polémica, porque no mundo inteiro as pessoas fazem voluntariado para receberem créditos para as suas notas na faculdade. Só em Portugal é que isso ainda não acontece. Mas a maior parte dos voluntários que temos até são CEO de empresas de outras partes do mundo para aprenderem. Para eles é uma oportunidade de aprendizagem, aqui em Portugal é que existe um ponto de vista muito diferente sobre o voluntariado.

Acho que os voluntários são essenciais – porque dependemos muito deles, é verdade – mas não é exploraçãoAlguns portugueses já se interessam. Já não é aquela coisa de ser voluntário só para conhecer o espaço e não fazer nada, algo que se notou um bocadinho no primeiro ano. Tem melhorado com os anos. Já percebemos que fazer voluntariado não existe para conhecer espaços à borla, mas sim para ajudar a fazer crescer um espaço e para aprender. É atribuída uma responsabilidade.

Acho que os voluntários são essenciais – porque dependemos muito deles, é verdade – mas não é exploração. Têm boa alimentação e têm pessoas que os defendem muito cá dentro, cada vez mais até. É uma atitude que é de 'tirar o chapéu'.

Pedimos-lhe duas novidades: uma para quem vem pela primeira vez e outra para quem vem há muito e procura algo de diferente.

Quem tem acompanhado desde a primeira edição vai achar interessante porque há mais novidades, há mais temas. Há mais palcos e dispersão. Vai ser difícil ver tudo aquilo que querem porque há muita coisa. Quem vem pela primeira vez: venham com um calçado confortável porque vão andar uns bons quilómetros cá dentro.

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