Uma mulher de 68 anos de idade foi identificada, esta terça-feira, pelo Comando Territorial de Évora da Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Posto Territorial de Mora, por ter desrespeitado a medida de confinamento obrigatório que a autoridade de saúde pública lhe tinha decretado. 

"Face ao aumento de novos casos de cidadãos que testaram positivo à Covid-19 ocorrido nos últimos dias no concelho de Mora", os militares da referida força de segurança "realizaram uma ação de vigilância das pessoas que se encontram confinadas por ordem da autoridade de saúde". 

A intenção, informa a GNR num comunicado enviado às redações, foi "assegurar o cumprimento previsto no regime da situação de contingência e alerta, fruto da última Resolução de Conselho de Ministros (n.º 63-A/2020), com efeitos desde o dia 14 de agosto".

Nas medidas que constam no documento está a obrigação de "confinamento obrigatório em estabelecimento de saúde, no respetivo domicílio ou noutro local definido pelas autoridades de saúde para todos os doentes com Covid-19, ou infetados com SARS-CoV-2", e para os "cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado vigilância ativa".

Foi então detetado que a cidadã "optou por se ausentar do seu domicílio", motivo pelo qual foi identificada e encaminhada para a sua residência. 

Os  factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Évora.

Recorde-se que, na habitual conferência de imprensa acerca da incidência do novo coronavírus no nosso país, na passada segunda-feira, a Diretora-Geral da Saúde esclareceu que este é "surto complexo porque tem mais de 300 pessoas potencialmente envolvidas", sendo que "a maior parte delas já foram testadas".

Revelou igualmente Graça Freitas que, "quer a origem, quer as cadeias de transmissão do surto estão ainda sob investigação, não são apenas os casos iniciais que interessam". Foi ainda detetado um novo surto em Montemor-o-Novo, onde há dezenas de casos confirmados, e que possivelmente estará relacionado com o de Mora.

Já Luís Simão, presidente da Câmara Municipal de Mora, afirmou, esta segunda-feira, ter suspeitas de que o surto do novo coronavírus na vila alentejana tenha advido de "incumprimento legal". Em declarações à SIC Notícias, o autarca recusou que os cidadãos de Mora tenham relaxado durante o confinamento.

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