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NASA vai lançar satélite para medir ao detalhe alterações no gelo polar

A agência espacial norte-americana NASA anunciou hoje que vai lançar em 15 de setembro um satélite que irá medir as alterações no gelo polar da Terra com um "detalhe sem precedentes".

NASA vai lançar satélite para medir ao detalhe alterações no gelo polar
Notícias ao Minuto

21:51 - 22/08/18 por Lusa

Tech Agência Espacial

O ICESat-2 vai dar continuidade às observações iniciadas pelo seu antecessor, o ICESat-1, cuja missão terminou em 2009.

O novo satélite, que será lançado da base militar de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, está equipado com o instrumento 'laser' mais avançado para este tipo de observações, de acordo com um comunicado da NASA hoje publicado no seu portal.

Segundo a agência espacial norte-americana, o ICESat-2 vai medir a alteração média anual da altura de gelo que cobre a Gronelândia e a Antártida, com uma margem de até quatro milímetros (largura de um lápis), obtendo 60 mil medições por segundo.

A NASA lembra que o degelo na Gronelândia e na Antártida está a elevar em média o nível dos oceanos em mais de um milímetro por ano.

O satélite vai também registar as alterações na espessura e no volume do gelo do Oceano Ártico, cuja área diminuiu em 40 por cento desde 1980.

Ao atravessar a Terra, de polo a polo, o satélite vai monitorizar a cota de gelo nas regiões polares quatro vezes por ano, fornecendo dados sobre as mudanças ocorridas sazonalmente.

O instrumento 'laser' com o qual o ICESat-2 está equipado, o Sistema Avançado de Altímetro a Laser Topográfico (ATLAS, na sigla em inglês) mede a altura cronometrando o tempo que fotões de luz demoram a viajar do satélite à superfície da Terra e a voltar para trás.

Para a NASA, os dados do ICESat-2 poderão contribuir para o avanço do conhecimento do impacto do degelo na subida do nível do mar e no aumento da temperatura, efeitos das alterações climáticas.

O satélite também vai medir a altura da superfície oceânica e terrestre, incluindo os topos das árvores das florestas (que, em conjunto com a informação existente sobre a área florestal global, possibilitará aos cientistas estimarem a quantidade de dióxido de carbono armazenada nas florestas).

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