A maior rede social do mundo iniciou este projeto antes das eleições legislativas espanholas de 28 de abril próximo e explicou, em comunicado, que as empresas contratadas são independentes e afastadas da sua plataforma, pertencendo à International Fact-Checking Network, uma rede autónoma que desenvolve trabalhos de verificação.
"Trabalhamos continuamente para impedir a disseminação de desinformação na nossa plataforma. Um dos mecanismos que usamos é a parceria com verificadores de dados de todo o mundo. Vamos continuar a aumentar os nossos esforços e investir mais nesta área", disse a diretora de Assuntos Públicos do Facebook em Espanha, Natalia Basterrechea.
A empresa esclareceu que a estratégia a aplicar é desdobrada em três pontos para "melhorar a qualidade e autenticidade das informações".
A rede social irá eliminar as contas e conteúdos que violem as orientações comunitárias ou as políticas de publicidade, irá reduzir a distribuição de notícias falsas e conteúdos não autênticos e informará as pessoas sobre elas, dando mais contexto sobre o que é publicado.
Quando um dos verificadores classificar uma informação como falsa, esta será mostrada mais abaixo na secção de notícias, o que irá contribuir para reduzir a sua distribuição e propagação, limitando o número de pessoas que a lerá.
O Facebook assegura que, marcando uma notícia como falsa, pode-se reduzir a sua circulação até 80% e que a publicação reiterada de desinformações penalizará as páginas e os domínios que as promovem.
A AFP é a mais antiga e uma das maiores agências de notícias do mundo, enquanto a Maldita. es e a Newtral são empresas espanholas que se dedicam, entre outras coisas, à verificação de dados (fact-checking), nomeadamente através da monitorização do discurso político e das informações que circulam nas redes sociais.