"Já perseguíamos as teses ditas 'supremacistas', mas não tínhamos aplicado as mesmas medidas ao 'nacionalismo branco' e ao 'separatismo branco', porque pensávamos em conceitos mais amplos de nacionalismo ou de separatismo, como o orgulho [de ser] americano ou o separatismo basco, que são partes muito importantes da identidade das pessoas", explicou a rede social em comunicado.
A proibição começará a ser aplicada na próxima semana, precisou a empresa tecnológica de Mark Zuckerberg.
"Mas nos últimos três meses, discussões com membros da sociedade civil e universitários que são especialistas em relações inter-raciais no mundo confirmaram que o nacionalismo e o separatismo branco não podem realmente ser separados [da noção de] supremacia branca" e de grupos que promovem o ódio", prosseguiu o Facebook.
Esses três conceitos - supremacia, separatismo e nacionalismo - "sobrepõem-se", disse ainda o grupo, que, em consequência, decidiu tratar da mesma forma as publicações que façam a apologia dessas três teses.
"A partir de agora, as pessoas continuarão a ter o direito de mostrar o seu orgulho na sua herança étnica, mas não toleraremos mais a apologia ou a defesa do nacionalismo branco e do separatismo branco", sublinhou ainda o Facebook.
A rede social é regularmente criticada pela forma como faz a gestão dos seus conteúdos.
Este anúncio surge 12 dias após os atentados a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, cujo autor, que abriu fogo sobre os fiéis que ali rezavam, matando 50, transmitiu imagens do massacre em direto no Facebook.