Portugueses do setor da moda e têxtil vão estar unidos por 'rede social'
A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal vai fazer um rastreio à escala global dos trabalhadores portugueses na moda e têxtil e uni-los numa plataforma 'online' para intercâmbio a lançar este verão.
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"Vamos lançar uma ação até ao final do mês de julho que é criar uma rede social de todos os profissionais de moda portuguesa que estão no estrangeiro, de forma mantê-los unidos e com permanente comunicação sobre aquilo que se passa na moda e no têxtil em Portugal", avançou hoje o diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Paulo Vaz, em entrevista telefónica à Lusa.
O projeto da rede social insere-se no âmbito do 'Fashion From Portugal 4.0' e vem na senda da estratégia da ATP para 2020-2021 que pretende apostar na área da "digitalização e comunicação", explicou Paulo Vaz, considerando que depois do rastreio dos profissionais à escala global acredita que vai ter "muitas boas surpresas nos mais remotos lugares".
O projeto assenta na plataforma na Internet Linkedin, rede social profissional, e vai ter um conjunto de "valências muito específicas".
O objetivo é "chegar a um conjunto vasto de profissionais portugueses que estão espalhados pelo mundo e que estão a trabalhar em grandes marcas internacionais", bem como "na alta costura italiana ou francesa" ou nas "grandes marcas americanas" e que de alguma forma estão desligados de Portugal há muitos anos e até desconhecem a realidade do têxtil e do vestuário português, explicou Paulo Vaz.
A ATP pretende manter os profissionais da moda e do setor têxtil português ligados entre si através de um intercâmbio digital e com informação atualizada e regular sobre o que está a acontecer em Portugal, potenciando "os negócios".
Um jornal escrito em português e em idioma inglês vai alimentar uma vez por semana a rede através de informação selecionada para os profissionais portugueses.
O Plano Estratégico Têxtil 2020 desenvolvido pela ATP e apresentado em 2014 para o período 2014-2020 para coincidir com o Quadro Comunitário de Apoio teve como prioridades a "capitalização das empresas", "melhorar a gestão das empresas", a "competitividade à escala global", "inovação tecnológica e não tecnológica", "valorizar a imagem e visibilidade do setor", bem como "aumentar a cota exportadora".
"Cumprimos o cenário ouro desenhado, mas atingimos até o cenário platina que não estava sequer configurado e tudo isto com metade das empresas e com metade dos trabalhadores que tínhamos no início do século. Ultrapassámos os 5,3 mil milhões de euros de exportações em 2018 e foram 10 anos consecutivos de crescimento, algo inédito", observou.
O cenário de ouro tinha sido atingido em 2016, com o setor a ultrapassar os cinco mil milhões de euros de exportações e um volume de negócios de 7,4 mil milhões de euros e 136 mil trabalhadores.
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