Huawei prevê vendas a operadoras a crescer pelo menos 10% com 5G
A 'gigante' das telecomunicações chinesa Huawei prevê um crescimento de "pelo menos 10%" nas vendas para operadoras de telecomunicações e Internet, em 2020, à medida que as redes de quinta geração (5G) ganham ímpeto.
© Reuters
Tech Telecomunicações
A previsão de um crescimento de "pelo menos 10%", feita hoje por Ken Hu, presidente executivo (CEO) da Huawei, durante a 16.ª edição do Huawei Analyst Summit, em Shenzhen, surge após uma queda homóloga de 1,3% em 2018.
"Para a indústria, o 5G será o novo condutor para investimentos", disse Hu.
O responsável revelou que a empresa vendeu já 45.000 estações base para o 5G e que espera que 6,5 milhões de estações tenham sido implantadas em todo o mundo, até 2025, abrangendo 2.800 milhões de pessoas.
A empresa garantiu 40 contratos com operadoras em todo o mundo, para desenvolver redes 5G. Mais de metade dos contratos são na Europa.
"Os investimentos em 5G este ano serão orientados pelo valor dos negócios e esse tipo de investimentos é mais confiável e sólido", previu o CEO.
As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais elétricas, pelo que vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como ativos estratégicos para a segurança nacional.
Os Estados Unidos têm pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes de 5G, a Internet do futuro, acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com os serviços de inteligência chineses.
Austrália, Nova Zelândia e Japão aderiram já aos apelos de Washington e restringiram a participação da Huawei.
A Huawei é atualmente a maior fornecedora de equipamentos de telecomunicações do mundo e líder no 5G, com o maior número de patentes registadas, segundo a empresa de análise de propriedade intelectual IPlytics.
Hu disse que as questões políticas e as mudanças nas relações comerciais são questões a que a Huawei terá de prestar atenção, mas advertiu que a politização da cibersegurança vai reduzir a inovação e aumentar os custos das soluções.
"Se esta questão for politizada, serão discutidos sentimentos ou perceções e não os factos. Devemos concentrar-nos em criar uma tecnologia que proteja os utilizadores", defendeu Hu.
O executivo garantiu que a empresa está a redobrar esforços e a investir na melhoria da segurança, mas que o "correto" seria a criação de um organismo independente global, que servisse os fabricantes, a indústria e os reguladores.
"O 5G não é apenas mais rápido do que o 4G: é uma revolução na conectividade, que tornará tudo possível 'online', em qualquer altura, proporcionando uma conectividade verdadeiramente omnipresente", disse.
Em dezembro do ano passado, durante a visita a Lisboa do Presidente chinês, Xi Jinping, foi assinado entre a Altice e a empresa chinesa um acordo para o desenvolvimento da próxima geração da rede móvel no mercado português.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com