Atenta aos desenvolvimentos na área da tecnologia, a Time destacou na lista das 100 personalidades mais influentes do mundo os fundadores da Huawei e do Facebook, nomeadamente Ren Zhengfei e Mark Zuckerberg.
Além de estar presente no ranking dos três maiores vendedores de smartphones, a Huawei tem ajudado a impulsionar a adoção de rede 5G que será necessária para, por exemplo, tornar os carros autónomos uma realidade. Esta influência também ajudou a Huawei a criar ‘inimigos’, com os EUA, o Japão e a Austrália a terem recentemente banido tecnologia da Huawei da sua infraestrutura.
Entre suspeitas de espionagem a mando do governo chinês, o fundador Zhengfei saltou para primeiro plano quando veio defender a filha, Meng Wanzhou, depois desta ser presa no Canadá sob acusações de lavagem de dinheiro, fraude bancária e obstrução à justiça. “Ren nega as ligações ao governo e atribui o crescimento da Huawei a serviço ao cliente sem paralelo. Pode ser. Mas a influência que Ren detém hoje em dia significa que mais nenhuma potência se poder dar ao luxo de continuar a ignorar a Huawei”, escreve o corresponde do sudeste asiático da Time, Charlie Campbell.
O fundador e atual CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, também tem o seu devido destaque. O texto é da autoria do primeiro presidente da tecnológica, Sean Parker, que recorda a primeira vez que conheceu Zuckerberg.
“Recordo-me de uma palavra da minha primeira conversa com o Mark Zuckerberg, num jantar em 2004. Ele usou-a para medir tudo o que fazia – desde adicionar uma funcionalidade ao Facebook, a contratar, a eventualmente adquirir uma empresa como o Instagram. Ele chamou-a de aumentar ‘bondade’ – uma noção que o Facebook devia, tal como John Stuart Mill acreditava, defender para fazer o bem maior pelo maior número”, escreve Parker.
Parker menciona também as frequentes polémicas e percalços do Facebook no que diz respeito a privacidade, notando que o crescente sucesso de Zuckerberg não o mudou enquanto pessoa. “Continua a ser a pessoa tímido e afável que conheci há 15 anos atrás,” aponta Parker. “Não é o poder ou o dinheiro que o tem levado a seguir em frente – é a crença genuína no potencial do Facebook e um sentido de responsabilidade para levar a empresa para aquilo que acredita ser a direção certa”.
Parker fecha o pequeno texto apontando que tem “esperança que [Zuckerberg] permaneça fiel aos valores com que a empresa foi fundado” e mantenha “decência em vez de sensacionalismo, intimidade em vez de estatuto social e dignidade humana em vez de tribalismo”.
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