Trump compara Covid à gripe e 'tweet' é classificado como desinformação

Twitter considerou que publicação viola as regras sobre "propagação de informação enganadora e potencialmente prejudicial sobre a Covid-19".

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© Win McNamee/Getty Images

Notícias Ao Minuto
06/10/2020 19:00 ‧ 06/10/2020 por Notícias Ao Minuto

Tech

Covid-19

Esta terça-feira, um dia depois de ter tido alta do hospital militar Walter Reed, onde esteve três sob observação depois de ter testado positivo para o novo coronavírus, Donald Trump recorreu ao Twitter para dar indicação de que se está a "sentir fantástico" e que está pronto para o próximo debate presidencial com o oponente democrata, Joe Biden, marcado para o próximo dia 15.

O presidente norte-americano fez várias publicações na rede social e, entre elas, comparou o vírus SARS-CoV-2 ao vírus da gripe. "Muitas pessoas todos os anos, às vezes mais de 100 mil, apesar da vacina, morrem de gripe. Vamos fechar o nosso país? Não. Aprendemos a viver com isso, assim como estamos a aprender a viver com a Covid, que na maior parte das populações é bem menos fatal", escreveu o líder republicano.

A publicação foi entretanto ocultada pela plataforma, mas continua visível para quem clicar no botão "ver". "Este 'tweet' viola as regras do Twitter em relação à propagação de informação enganadora e potencialmente prejudicial sobre a Covid-19", avisa a rede social, acrescentando que optaram por mantê-la visível por "ser de interesse público" continuar a poder ler a mensagem. 

Recorde-se que, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de letalidade da doença Covid-19 está entre os 3% e os 4%, de acordo com os dados disponíveis, enquanto a da gripe sazonal é geralmente inferior a 0,1%. Um dos grandes diferenciadores, nesta altura, é o facto de a gripe ter cura e a Covid-19 não.

Além disso, um estudo divulgado no início de outubro pela Universidade Cornell concluiu que Donald Trump, foi, possivelmente, a pessoa que mais contribuiu para a propagação da desinformação sobre a pandemia. A Universidade Cornell analisou cerca de 38 milhões de artigos, publicados em inglês, em órgãos de comunicação social tradicionais, entre 1 de janeiro e 26 de maio de 2020.

"Descobrimos que as menções nos órgãos de comunicação social ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dentro do contexto de desinformação sobre a Covid-19 constituem, de longe, a maior parte da 'infodemia'", explicita o estudo.

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