Ao responderem ao apelo de associações que lutam contra este projeto situado na região de Fournès, património cultural mundial, cerca de 800 pessoas segundo a polícia, e 1.400 segundo os organizadores, plantaram hoje arbustos frente a duas grandes faixas com as frases "Stop Amazon", e "Nem aqui nem em outro local".
Foi ainda formada uma cadeia humana para demonstrar a amplitude do projeto, previsto ao longo da autoestrada A9 em 14 hectares.
"Há dois anos que os habitantes de Fournès e dos arredores lutam contra a construção de um enorme entreposto da Amazon. No início estavam isolados, mas conseguiram travar o projeto devido a recursos jurídicos" que estão em curso, disse à agência noticiosa AFP Raphaël Pradeau, porta-voz nacional da associação Atac.
Cerca de 200 pessoas também participaram na manhã de hoje numa concentração em Carquefou, arredores de Nantes (oeste), frente a um armazém logístico da Amazon, segundo os organizadores.
"Denunciamos o facto de a Amazon destruir mais empregos do que aqueles que cria, e que são empregos precários que originam doenças, sobretudo em termos de problemas musculoesqueléticos", declarou à AFP Sophie Jallier, porta-voz do coletivo que convocou este protesto.
Em Ensisheim, leste do país, uma manifestação também juntou uma centena de pessoas contra a construção de um armazém gigante num terreno de mais de 15 hectares de antigas terras agrícolas.
Em comunicado, a direção da Amazon France considerou que o grupo "tornou-se um alvo para certas organizações que desejam divulgar as causas que representam". Recorda ainda que "mais de 11 mil empresários e comerciantes franceses dependem da Amazon para desenvolver as suas atividades e os seus empregos".
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