A sonda, que inclui um veículo motorizado e foi lançada em julho passado a partir da ilha de Hainan, "entrou com sucesso em órbita de Marte", indicou a agência de notícias oficial Xinhua.
É o segundo aparelho a chegar à órbita de Marte em dois dias, depois de uma outra sonda lançada pelos Emirados Árabes Unidos ter completado a viagem na terça-feira.
Na próxima semana, serão os Estados Unidos a tentar fazer aterrar o seu veículo Perseverance em Marte, no que seria a oitava missão norte-americana ao planeta.
As três missões foram lançadas ao mesmo tempo para aproveitar a maior proximidade entre a Terra e Marte, que acontece a cada dois anos.
A missão mais ambiciosa é a chinesa, prevendo-se que o veículo robô se separe da sonda daqui a alguns meses e tente aterrar em Marte, o que, a concretizar-se, faria da China o segundo país a conseguir tal feito.
A aterragem no solo marciano é difícil e o veículo chinês tem pára-quedas, retrofoguetes e 'airbags', equipamento que usará para aterrar numa área rochosa chamada Utopia Planitia, o mesmo local onde o veículo norte-americano Viking 2 aterrou em 1976.
O veículo da missão Tianwen (que em chinês quer dizer "procura pela verdade celestial") é do tamanho de um carrinho de golfe, trabalha a energia solar e deverá estar cerca de três meses em funcionamento.
O robô da missão norte-americana Perseverance deverá aterrar no dia 18 em Marte para procurar vestígios microscópicos de vida que outrora poderá ter existido no planeta e recolher rochas para trazer de volta à Terra na missão de regresso, agendada para a próxima década.
A missão dos Emirados, chamada Amal ("esperança" em árae), entrou em órbita na terça-feira para recolher dados sobre a atmosfera do planeta.
Além destes, há mais seis aparelhos na órbita de Marte: três norte-americanos, dois europeus e um indiano.
A Tianwen-1 é a segunda tentativa chinesa de mandar uma nave a Marte, depois de ter falhado o lançamento de uma sonda integrada numa missão russa que não chegou a sair da órbita terrestre.
Em dezembro passado, a missão lunar chinesa Chang'e 5 foi a primeira a trazer rochas da Lua para a Terra desde a década de 1970. Em 2019, os chineses foram também pioneiros no envio de um veículo para o lado mais distante da Lua.
[Notícia atualizada às 15:07]