O lançamento decorreu a bordo do veículo polar PSLVC51 às 10:24 do horário da Índia (04:54 em Lisboa), a partir de uma plataforma na base Sriharikota, no estado de Andhra Pradesh, informou a Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO).
"O satélite primário Amazónia 1 separou-se com êxito do PSLV-C51", anunciou minutos depois a ISRO na sua conta oficial da rede social 'Twitter'.
Stunning glimpses of today's lift-off#PSLVC51 #Amazonia1 #NSIL #INSPACe pic.twitter.com/MQJzAROxaV
— ISRO (@isro) February 28, 2021
O satélite brasileiro, designado Amazónia 1, terá como missão principal fazer observação e monitorização da Terra.
O projeto é fruto de um desenvolvimento conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).
No lançamento, o primeiro da empresa NewSpace Índia Limited (NSIL), enviaram-se também outros 18 satélites secundários, entre eles três de institutos indianos.
"Parabéns ao Presidente Jair Bolsonaro pelo sucesso do lançamento do satélite Amazon 1 pelo PSLV-C51. Este é um momento histórico na nossa cooperação espacial e os meus parabéns aos cientistas do Brasil", comemorou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na rede social 'Twitter'.
Em comunicado, o ministério dos Assuntos Estrangeiros indiano destacou também como os "lideres" dos dois países "identificaram o setor espacial como uma área importante de colaboração", destacando a assinatura do primeiro acordo nesta área em 2002.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (IMPE), o organismo estatal do Brasil responsável pelo desenvolvimento e operacionalização do Amazónia 1, já tinha informado a chegada do satélite à Índia no final de dezembro e que após o lançamento o mesmo seria colocado numa órbita a 752 quilómetros da Terra.
Com quatro metros de altura, o satélite vai capturar imagens de alta resolução para auxiliar nos diferentes programas de observação e monitorização da Terra com que o Brasil conta, incluindo o programa destinado à fiscalização da desflorestação da Amazónia.
As imagens do Amazónia 1 vão complementar a dos satélites CBERS-4 e CBERS-4ª, que o Brasil utiliza para observar a forma autónoma da Terra sem necessidade de depender de imagens de equipas de outros países.
Os CBERS são satélites desenvolvidos pelo Brasil e pela China no marco do programa Chino-Brasileiro de Satélite de Vigilância Remota (CBERS).
O Brasil e a China desenvolveram e lançaram conjuntamente até ao momento cinco satélites, dois dos quais continuam em operação, num programa de cooperação que ajudou a INPE a dominar a tecnologia de vigilância remota com câmaras e sensores para a observação da Terra.
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