FBI acedeu a computadores de particulares para remover software malicioso
O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos anunciou terça-feira ter acedido a centenas de computadores particulares, sem a autorização dos mesmos, para proceder à remoção de software malicioso que tinha sido instalado.
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Numa declaração, o Departamento de Justiça, sob o qual o FBI opera, definiu a operação como "copiar e apagar" e disse que os resultados foram "bem-sucedidos".
Os computadores afetados utilizaram o Exchange Server, um serviço de e-mail e calendário utilizado pelos sistemas operativos Windows Server da Microsoft, que se destinam principalmente à utilização empresarial por empresas e governos.
No início de março, o Exchange Server foi vítima de um ataque maciço de hackers apoiados pelo Governo chinês, que obtiveram acesso a centenas de contas de correio eletrónico.
Este grupo de hackers procurou roubar informação de organizações norte-americanas em campos tão diversos como a investigação de doenças infecciosas, escritórios de advogados, ensino superior, empresas de defesa, grupos de reflexão e ONGs.
Através das falhas do sistema que conseguiram identificar, obtiveram acesso ao servidor, do qual conseguiram roubar informações tais como contas de correio eletrónico e contactos, bem como instalar elementos de software malicioso ou malware.
Embora a Microsoft tenha lançado uma versão atualizada do software que corrige as vulnerabilidades e evita novos ataques, os hackers ainda podiam aceder aos dispositivos que já tinham sido infetados, que são precisamente aqueles que o FBI queria "limpar".
O FBI disse que tentará informar todos aqueles cujos dispositivos eletrónicos tenham sido acedidos.
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