Apple Store volta a ter Parler, que foi banida após ataque ao Capitólio
A Apple vai readmitir na sua app store a rede social Parler, favorita dos conservadores dos Estados Unidos, mas proibida desde janeiro na sequência do ataque ao Capitólio por partidários do ex-presidente Donald Trump.
© OLIVIER DOULIERY/AFP via Getty Images
Tech Parler
O congressista republicano Ken Buck, que reclamou com a empresa pela proibição da rede social, partilhou no Twitter a carta de resposta da Apple, na qual a empresa anuncia que irá readmitir a Parler na loja virtual App Store assim que lançar uma versão atualizada.
A rede social foi inicialmente banida porque a empresa liderada por Tim Cook considerou que não estava a fazer o suficiente para moderar o conteúdo partilhado pelos utilizadores, mesmo quando era claramente racista ou apelava à violência, atitudes que não são permitidas pelas políticas corporativas da Apple.
No entanto, depois de várias reuniões mantidas pela empresa do iPhone e a Parler desde janeiro, a rede social apresentou uma versão atualizada da sua aplicação que, garante, melhora a qualidade da moderação, tendo sido aprovada pela Apple.
Os seus promotores definem a Parler como a rede social da "liberdade de expressão", precisamente devido a uma política pouco rígida de moderação de conteúdos, mas garantem que não é direcionada a nenhum público específico.
Recentemente, a Parler ganhou muita popularidade entre os conservadores dos Estados Unidos, que consideram que redes como o Facebook ou o Twitter vetam as suas opiniões e não permitem que se expressem.
Vários congressistas republicanos, assim como jornalistas -- nomeadamente do canal Fox News - e outros utilizadores da ala conservadora têm conta na Parler, usando-a para comunicar com os seus seguidores.
O grande "boom" da rede social surgiu depois das eleições presidenciais de novembro passado, quando se tornou numa forma de partilhar inúmeras teorias da conspiração e um dos principais canais de organização dos protestos que culminaram com o ataque à sede do Congresso federal, em janeiro.
A invasão do Capitólio aconteceu em 6 de janeiro, quando partidários convocados por Trump se reuniram em Washington para protestar, por alegada fraude, contra o resultado da eleição, no dia em que Congresso e Senado se iriam reunir para ratificar a vitória de Joe Biden.
A polícia conseguiu, já durante a noite, recuperar o controlo do Capitólio, mas cinco pessoas (quatro manifestantes e um polícia) morreram e dezenas foram presas.
A rede social está praticamente inoperacional desde o início do ano, quando a Apple e o Google (donos dos dois principais sistemas operativos móveis) decidiram retirá-la das suas lojas virtuais e a Amazon a expulsou dos seus servidores de internet.
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