A Apple terá cedido controlo dos seus ‘data centers’ na China ao governo de Xi Xinping, avança o New York Times com base em documentos obtidos sobre o assunto e relatos de trabalhadores da empresa, tanto antigos como atuais.,
Diz a publicação que a empresa liderada por Tim Cook que os servidores estão localizados na região de Guiyang e servem para armazenar dados pessoais de milhões de cidadãos chineses. Mais ainda, o governo chinês terá recusado encriptar estes dados, o que facilita ainda mais o acesso da parte das autoridades.
Esta não é a única forma que a Apple tem de agradar ao governo chinês. O New York Times adianta também que a Apple já censurou cerca de 55 mil aplicações na App Store a pedido da China.
Em reação, a Apple recusou qualquer hipótese de ter comprometido a segurança dos dados dos utilizadores na China, indicando apenas que as apps foram removidas da loja virtual para ir ao encontro das leis chinesas.
“Estas decisões nem sempre são fáceis e podemos não concordar com as leis lhes deram origem. Mas a nossa prioridade continua a ser criar a melhor experiência de utilizador sem violar as regras que somos obrigados a seguir”, pode ler-se no comunicado da Apple partilhado no Twitter por um dos autores da reportagem.
Here is Apple's full statement on our story. After Apple sent this, I worked with the company to understand what it believed to be wrong in our story and then made changes to correct any outdated information and to include their view when needed. pic.twitter.com/shwaJkWyAi
— Jack Nicas (@jacknicas) May 17, 2021
