UE prolonga monitorização nas plataformas contra fake news sobre vacinas

A Comissão Europeia decidiu hoje prolongar até final do ano o programa de monitorização da desinformação nas plataformas 'online', como Facebook ou Twitter, sobre vacinação anticovid-19 na União Europeia (UE), que obriga a mais esforços das redes sociais.

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Lusa
03/06/2021 13:24 ‧ 03/06/2021 por Lusa

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Fake News

"Decidimos prolongar este programa devido à quantidade de desinformação perigosa que continua a inundar as plataformas", justifica a vice-presidente do executivo comunitário com a pasta dos Valores e Transparência, Vera Jourová, em comunicado de imprensa.

Além disso, é necessário "um programa de monitorização sólido e de indicadores mais claros para medir o impacto das ações empreendidas pelas plataformas [pois] estas não podem simplesmente policiar-se sozinhas", acrescenta a responsável.

No final de 2018, plataformas digitais como Google, Facebook, Twitter, Microsoft e Mozilla comprometeram-se a combater a desinformação nas suas páginas através da assinatura de um código de conduta voluntário contra as 'fake news', um mecanismo de autorregulação que nos últimos meses tem estado centrado na desinformação sobre a covid-19 (como as vacinas).

Também hoje, o executivo comunitário publicou relatórios sobre os esforços das tecnológicas no âmbito desse código de conduta para combater as notícias falsas relativa à pandemia, com Vera Jourová a destacar que estes documentos de acompanhamento "mostram como é importante poder controlar eficazmente as medidas postas em prática pelas plataformas para reduzir a desinformação".

Os relatórios indicam que o Facebook, por exemplo, "criou molduras de perfis de vacinas para encorajar as pessoas a serem vacinadas", enquanto o Twitter "introduziu avisos que aparecem na linha temporal dos utilizadores durante a Semana Mundial da Imunização em 16 países e manteve conversas sobre vacinas que receberam cinco milhões de impressões".

Já o TikTok continuou "a fornecer dados úteis", enquanto a Microsoft "redirecionou os utilizadores [...] para informação de fontes internacionais verificadas" e a Google criou anúncios com dados de autoridades públicas que "geraram 470 milhões de impressões e 83 milhões de cliques".

Na nota à imprensa, a Comissão Europeia diz ainda que, apesar destas "medidas úteis", os relatórios "ainda carecem de dados suficientes sobre o impacto das políticas tomadas para combater a desinformação relacionada com o novo coronavírus".

Foi aliás por isso que a instituição anunciou na semana passada querer "capacitar os utilizadores" das plataformas digitais, como as redes sociais Facebook e Twitter, e pô-los a assinalar informação falsa, criando "rótulos de aviso" para alertar sobre "conteúdos problemáticos", nomeadamente relacionados com a pandemia.

O executivo comunitário avançou assim com um reforço do código de conduta criado em 2018 pelo executivo comunitário e subscrito por várias plataformas digitais contra as 'fake news' (notícias falsas) na internet, que terá indicadores mais claros para analisar a eficácia das medidas voluntárias adotadas.

Leia Também: Portugal já administrou 5.631.365 vacinas contra a Covid-19

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