As contas de Trump no Facebook e no Instagram permanecem encerradas desde o ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro, perpetrado por milhares de apoiantes do ex-Presidente, que foi julgado (e absolvido) no Senado dos EUA por "incitamento à insurreição".
A empresa anunciou hoje, em comunicado, que suspende as contas de Trump por dois anos, com efeito a partir de 07 de janeiro, altura em que retirou o acesso do ex-Presidente às redes sociais Facebook e Instagram (ambas propriedade da organização).
"No final desse período, procuraremos especialistas para avaliar se o risco para a segurança pública diminuiu. Avaliaremos fatores externos, incluindo casos de violência, restrições a reuniões pacíficas e outros marcadores de agitação civil", explicou Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais do Facebook.
Esta rede social também quer colocar fim a uma polémica estratégia, defendida pelo seu CEO [Diretor executivo], Mark Zuckerberg, segundo a qual os políticos ficam isentos de regras que proíbem o discurso de ódio.
Hoje, a empresa esclareceu que, embora ainda aplique esta isenção de regras a certas mensagens que considera de interesse público, mesmo que violem as regras do Facebook, não tratará esses conteúdos divulgados por políticos de forma diferente.
Estes anúncios respondem às recomendações do conselho de supervisão, órgão semi-independente, que, em maio, tinha pedido para a empresa rever a decisão de suspender "por tempo indeterminado" o acesso às contas das suas redes sociais por parte de Donald Trump.
O conselho tinha dado seis meses para a empresa tomar uma decisão sobre o assunto.
Leia Também: UE e Reino Unido lançam investigações em simultâneo à Facebook