Países europeus podem "inspirar-se" na transição digital portuguesa

O secretário de Estado para a Transição Digital esteve, esta quarta-feira, em Paris para participar na feira tecnológica VivaTech e no lançamento da iniciativa francesa Scaleup Europe, onde defendeu que Portugal deve inspirar parceiros europeus nesta matéria.

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Lusa
16/06/2021 22:14 ‧ 16/06/2021 por Lusa

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transição digital

"Há um reconhecimento que Portugal tem feito um caminho muito interessante nesta matéria e que é destacadamente um país que lidera na área digital e em relação ao qual [outros países] se podem inspirar para replicar várias exemplos", disse André de Aragão Azevedo em declarações à Agência Lusa.

O governante foi a Paris a convite do seu homólogo francês, Cédric O, que esteve em Portugal recentemente. André de Aragão Azevedo diz que a França reconheceu a ação de Portugal durante a presidência do Conselho da União Europeia em que o digital foi uma área prioritária e que tanto eslovenos, que seguem no cargo, como franceses, que vão estar à frente do destino da Europa no primeiro semestre de 2022, pretendem continuar este trabalho.

"Ficou claro que Portugal que Portugal fez um bom trabalho nesta matéria e que lançou as bases de um novo ciclo", garantiu.

Para além de ter participado no lançamento da iniciativa Scaleup Europe, que quer acelerar o desenvolvimento das startups europeias, André de Aragão Azevedo encontrou-se com várias empresas francesas na feira tecnológica VivaTech, tentando também atrair novos investimento para Portugal.

"Nós concluímos que no caso português o ecossistema digital e de empreendedorismo funcionou em contraciclo económico. Conseguiu crescer mesmo num contexto de retração económica", sublinhou, acrescentando que não se devem deixar de lado os setores tradicionais, mas também incitar a sua transição para o digital.

Para atrair novas empresas a instalarem-se virtualmente em Portugal, o Governo vai lançar na próxima Web Summit o programa de e-residency 2.0, que vai permitir a uma empresa instalar-se completamente em Portugal sem ter de viajar para o país ou ir a um consulado, fazendo tudo através da internet.

Marcando presença na VivaTech, a maior feira de tecnologia francesa e um dos primeiros grandes eventos em presencial no pós-covid, André de Aragão Azevedo diz não ser um extremista e reconhecer a importância do contacto humano.

"Não sou particularmente fundamentalista nesta matéria. Todas as tendências mostram em termos de digitalização é que o que faz sentido, como por exemplo no teletrabalho, é um lógica híbrida tirando o melhor dos dois mundos. Não é substituível o relacionamento pessoal ou a presença física no escritório nalguns momentos num contexto de equipa", reconheceu.

No entanto, não se devem perder os avanços do último ano e meio que permitem trabalhar com maior comodidade em teletrabalho e tornou alguns processos mais fáceis e rápidos.

"Foi um salto qualitativo muito grande, um ganho de cerca de cinco a 10 anos em termos de digitalização", concluiu.

Portugal está a participar pela primeira vez na Vivatech através de um conjunto de startups portuguesas que na sexta-feira vão disputar a oportunidade de ser acompanhadas pela representação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Paris para chegarem ao mercado francês.

Leia Também: Portugal marca presença pela primeira vez na VivaTech em Paris

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