Os documentos internos do Facebook revelados pela ‘whistleblower’ Frances Haugen indicam que a empresa tem tido dificuldades em lidar com desinformação sobre as vacinas de Covid-19.
A informação disponibilizada nestes documentos é relativa ao período entre fevereiro e março de 2021, a qual aponta para a ineficácia dos sistemas internos do Facebook em identificarem, removerem ou prevenirem a partilha de conteúdos anti-vacinas.
De acordo com a CNN, os documentos apontam que a “capacidade de detetar hesitação com as vacinas nos comentários é má em inglês e, basicamente, inexistente em outras línguas”.
É ainda referido que o Facebook nunca teve uma noção do problema, isto porque os sistemas internos da empresa nunca conseguiram efetivamente detetar situações suficientes para o compreender.
Em reação a estas notícias, um porta-voz do Facebook nota que, desde então, foram aplicadas novas salvaguardas e sistemas para resolver o problema. “Não há soluções que funcionem para tudo no que diz respeito a disseminar desinformação, mas estamos comprometidos em desenvolver novas ferramentas e políticas que ajudem a tornar as secções de comentários mais seguras”, pode ler-se no comunicado.
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