EUA colocam empresa de 'software' de espionagem Pegasus em lista negra
O Governo dos EUA anunciou que colocou a NSO -- a empresa israelita que fabrica o 'software' de espionagem Pegasus -- na lista de empresas que constituem uma ameaça à segurança nacional.
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Tech Pegasus
A NSO foi alvo de forte atenção internacional neste verão, após investigações publicadas por um consórcio de 17 meios de comunicação social que revelaram que o Pegasus permitiu espionar jornalistas, políticos, governantes, ativistas e líderes empresariais de diferentes países.
As autoridades norte-americanas consideram que este programa informático "permitiu que governos estrangeiros efetuassem atos de repressão além das suas fronteiras (...) para silenciar qualquer voz dissonante".
Investigações à NSO revelaram que as ferramentas desenvolvidas por esta empresa israelita se tornaram de tal forma sofisticadas que podem invadir as comunicações de telemóveis de utilizadores em qualquer parte do globo.
A NSO já reagiu a este anúncio do Governo norte-americano, mostrando-se "chocada" com a decisão.
"O grupo NSO está chocado e trabalhará para garantir que essa decisão será alterada", disse um porta-voz da empresa israelita, que acrescentou que tem "uma rigorosa carta ética baseada nos valores americanos".
O Departamento de Comércio dos EUA também baniu uma outra empresa israelita (Candiru), uma empresa russa (Positive Technologies) e uma empresa de Singapura (Computer Security Initiative Consultancy PTE).
"Os Estados Unidos estão determinados a usar controlos de exportação de forma incisiva, para responsabilizar empresas que desenvolvem, comercializam ou usam tecnologias para fins maliciosos, que ameaçam a segurança cibernética de membros da sociedade civil ou do Governo, dissidentes e organizações baseadas dentro e fora de fronteiras", pode ler-se no comunicado do Departamento de Comércio.
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