Samsung com "ano recorde". Faturação cresce 7% em 2021 em Portugal
A faturação da Samsung Portugal cresceu 7% em 2021, em termos homólogos, para 392,8 milhões de euros, "o que se traduziu no maior recorde de sempre" da marca, afirmou Nuno Parreira, responsável da divisão 'mobile' da subsidiária.
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Em 2021, "atingimos perto de 400 milhões de euros [na Samsung Portugal], o que se traduziu no ano recorde de sempre em Portugal", destacou, em declarações à Lusa, o responsável pela divisão do segmento móvel ('head of mobile division') da Samsung Portugal.
Mais concretamente, a Samsung Portugal registou uma faturação de 392,8 milhões de euros no ano passado, valor que compara com 365,8 milhões de euros em 2020, o que representa uma evolução de cerca de 7%.
Quanto à faturação da área 'mobile', Nuno Parreira escusou-se a avançar dados.
"Só posso dar dados da Samsung Portugal", mas "posso dizer que temos uma posição expressiva e contribuímos também com ano recorde, ou seja, a nossa área também teve um ano recorde de faturação" em 2021, sublinhou o responsável.
O peso do segmento 'mobile' na Samsung Portugal é "acima dos 50%" e a quota de mercado de telemóveis da marca em Portugal, citando dados da consultora IDC do terceiro trimestre, é de 41%, com "crescimento notório" face a 2020, traduzindo-se num "recorde de vendas".
Nuno Parreira espera que os dados do quarto trimestre indiquem um reforço da quota de mercado.
A Samsung Portugal faz em setembro 40 anos: "Somos a subsidiária, a par da Alemanha, mais antiga da Europa e é com muito orgulho que estamos a comemorar" em 2022 "o quadragésimo aniversário", sublinhou.
"Esperamos mais um ano em grande", depois de a atividade em 2021 ter corrido "muito bem", prosseguiu Nuno Parreira.
Os obstáculos e os problemas "com que nos deparámos no mercado transformámos em oportunidades e aproveitámos este momento pouco mais atípico do mercado para poder, de facto, mostrar algumas das vantagens que a Samsung tem no mercado, não só a nível de produto, mas também na sua forma de atuar, de gerir o negócio, pensar e planear o futuro, em que realmente fomos bem sucedidos e traduziu-se no ano recorde em Portugal", contou o responsável da área 'mobile' da marca.
Para este ano, a Samsung Portugal tem uma expectativas positivas.
"Estamos a saber usar a pandemia como oportunidade" e este ano "vamos querer desafiar-nos e ao mercado em si, desafiar também a nossa base de clientes e dos que estão noutros concorrentes para garantir e obter a confiança deles", apontou.
"Penso que vamos viver ainda um ano de pandemia" e, por isso, todas as questões relativas à tecnologia irão continuar a ser procuradas porque "vemos cada vez mais o mercado ávido de tecnologia" e de "tecnologia 'premium', o que significa que se torna um ano de oportunidade para a Samsung", sublinhou Nuno Parreira.
"Queremos desenvolver e temos oportunidades de crescimento, como é o mercado 'online', também temos categorias emergentes como as de 'foldable' [telemóvel dobrável]", bem como "temos outros tipos de oportunidades como os fundos PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para transformação digital", salientou.
O telemóvel 'foldable' da Samsung "é uma grande aposta", mas é um "nicho", embora tenha em Portugal "já alguma expressão", valendo "10% das nossas vendas 'premium'", disse Nuno Parreira.
A Samsung tem como aposta o crescimento e a diferenciação no mercado português: "Achamos que os produtos dobráveis, além de outras inovações tecnológicas, têm de ser colocados no topo da pirâmide de importância da Samsung no desenvolvimento da sua estratégia local e internacional porque é uma fonte de força de marca e, principalmente, fonte de recrutamento de clientes" e é no "'foldable' onde conseguimos recrutar" à concorrência.
O peso vendas 'online' da Samsung em Portugal "ronda os cerca de 30%" atualmente, avançou Nuno Parreira, salientando que se estima que este "terá mais do que duplicado nos últimos dois anos".
Questionado sobre quanto gostaria de crescer este ano no mercado português, o responsável da Samsung Portugal foi perentório: "Acima do mercado".
Ou seja, "prevemos que o mercado estará a crescer entre 5% a 7% este ano", pelo que o objetivo é crescer "acima do mercado no sentido de ganhar quota, essa é a nossa grande intenção", disse.
Crescer acima do mercado no segmento 'premium' é outro dos objetivos da tecnológica.
Já sobre o 5G, Nuno Parreira destacou que "é uma grande oportunidade" para a marca em Portugal.
"A Samsung é líder de mercado no 5G, no final do ano terminámos, a nível de quantidades, líderes de mercado. Cerca de 50% do mercado já é 5G", salientou.
"Tendo a Samsung o maior portefólio de 5G no mercado e líder 5G no mercado mundial tudo indica que será um fator de oportunidade para nós em Portugal, poderá ser também um dos pilares para o crescimento da Samsung" no mercado português, acrescentou.
A subsidiária portuguesa da multinacional sul-coreana conta atualmente com cerca de 70 colaboradores.
Questionado sobre se admite contratar este ano, Nuno Parreira afirmou: "Admito, num cenário de crescimento, recrutar mais pessoas, poderemos também abrir áreas de negócios diferentes".
A segurança é uma área onde a Samsung Portugal tem vindo a trabalhar "há muitos anos", inclusivamente com o gabinete do Centro Nacional de Cibersegurança (CNSC).
"Somos a única marca certificada, temos produtos certificados no gabinete nacional de segurança", destacou.
Sobre a crise dos semicondutores, Nuno Parreira salientou que isso afetou "todos de igual forma", mas no caso da Samsung o impacto não foi tão grande, já que o grupo "é um dos líderes" desta área.
O responsável recordou que a tecnológica produz a "maior parte" do seus produtos "com componentes Samsung", além de ter uma "gestão da cadeia de abastecimento muito alinhada" e "muito avançada".
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