O serviço de supervisão GlobalCheck e os jornalistas da AFP em Moscovo constaram problemas em aceder à página da rede social Facebook, o mesmo acontecendo aos 'sites' de media como Meduza, Deutsche Welle, RFE-RL e o serviço russófono da BBC.
Na sua conta do Telegram, o diário Meduza indicou que o seu 'site' não abriu para "alguns dos seus utilizadores" na Rússia, mas especificou que ainda não havia uma notificação das autoridades sobre um bloqueio.
Deutsche Welle, RFE-RL e o serviço de língua russa da BBC são financiados respetivamente por Berlim, Washington e Londres.
Na Rússia, os seus jornalistas publicam regularmente investigações críticas do Kremlin.
No mês passado, a Deutsche Welle foi proibida na Rússia e seus repórteres obrigados a parar de trabalhar.
Desde a invasão da Ucrânia por Moscovo, as autoridades russas aumentaram sua pressão contra os últimos independentes.
Em particular, o Governo está a preparar um endurecimento do seu arsenal repressivo. Um projeto de lei, que prevê até 15 anos de prisão para qualquer publicação de "notícias falsas" sobre o exército russo, será apreciado na sexta-feira na Duma.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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