Ucrânia foi afetada por 3 mil ciberataques desde meados de fevereiro
A informação foi avançada por Victor Zhora, o vice-presidente da agência de segurança cibernética SSSCIP do país.
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Um total de 3.000 ataques cibernéticos contra alvos ucranianos foram registados desde meados de fevereiro, de acordo com Victor Zhora, o vice-presidente da agência de segurança cibernética do país (SSSCIP), citado pelo The Guardian.
A mesma fonte revela que muitos dos ataques, provavelmente assinados pela Rússia, pretenderam derrubar fornecedores de serviços de Internet e outras comunicações, bem como serviços governamentais e financeiros, numa altura em que a Rússia preparava ou levava já a cabo a sua invasão à Ucrânia.
O número recorde foi de "275 ataques num dia", acrescentou Zhora, que explicou ainda que a maioria dos mesmos destinou-se a impedir o funcionamento de um qualquer serviço ucraniano. Segundo a mesma fonte, o número de ciberataques sofridos pela Ucrânia tem vindo a aumentar desde 15 de fevereiro, poucos dias antes do início da guerra.
O vice-presidente da SSSCIP revela ainda que a Ucrânia, mas também a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, está a investigar um suposto ataque sobre a Viasat, uma empresa de comunicações via satélite, que aconteceu no final de fevereiro e que causou disrupções no serviço disponibilizado pela companhia - tanto na Ucrânia, como noutras localizações.
Algumas das atividades militares tradicionais da Rússia têm também tido o objetivo de perturbar as comunicações ucranianas, acrescentou Zhora. Foi o que aconteceu com o bombardeamento de torres de televisão em Kyiv, há já 15 dias, e em Rivne, na segunda-feira.
As comunicações móveis também foram, por vezes, afetadas, explicou o especialista. Foi o que aconteceu recentemente na cidade de Kherson, no sul do país, uma vez que as forças russas têm vindo a destruir antenas, com o intuito de impedir os ucranianos de comunicarem e de consultarem diversas fontes de informação.
"Utilizarão todos os meios ao seu alcance para mudar a 'infosfera' na Ucrânia", concluiu Victor Zhora.
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