O fim do Internet Explorer foi encarado com muitas reações nas redes sociais, entre felicidade, comentários irónicos sobre a velocidade do navegador e nostalgia. Mas um engenheiro na Coreia do Sul decidiu expressar o seu desprezo pelo Explorer com... uma lápide sarcástica.

O navegador está 'enterrado' no terraço de um café em Gyeongju, no sul da Coreia do Sul. Kiyoung Jung, de 38 anos, desenhou a lápide, escrevendo a mordaz inscrição: "Era uma boa ferramenta para fazer download de outros 'browsers'".

Numa entrevista à agência France Presse, Kiyoung Jung, de 38 anos, explica que decidiu criar a lápide porque, como engenheiro informático, "sofreu" com a necessidade de ter de criar conteúdos para o navegador.

"Na Coreia do Sul, quando estás a fazer trabalho de 'web development', a expectativa é que consigas fazer algo parecer bem no Internet Explorer, e não no Chrome", afirmou.

A lápide tornou-se rapidamente uma sensação na Internet, especialmente no Reddit, merecendo milhares de votos.

Segundo Jung, as diferenças de compatibilidade entre o Internet Explorer e os outros navegadores obrigaram-no a perder muitas horas extra a desenvolver sites que fossem compatíveis em todos os 'browsers'.

O engenheiro confessou estar "deliciado" com o anúncio que o Explorer ia deixar de existir, mas admitiu a nostalgia da altura em que o navegador era a principal forma de aceder à internet. E, à France Presse, Kiyoung Jung citou o conceituado produtor de filmes de animação, Hayao Miyazaki, para expressar a dedicação ao Explorer: "As pessoas ficam normalmente aliviadas que as máquinas não tenham uma alma, mas nós, como seres humanos, damos-lhes os nossos corações".

Nos últimos anos, o Internet Explorer passou de ser o navegador mais importante da internet a ser uma opção desprezada por muitos utilizadores, que acusavam a lentidão e as falhas no sistema.

No entanto, o Internet Explorer continuou a ser um navegador popular na Coreia do Sul, apesar do crescimento nas últimas décadas do Google Chrome, do Safari e do Microsoft Edge, o outro navegador da empresa. Até 2014, as empresas sul-coreanas de serviços bancários e comércio digitais eram obrigadas por lei a disponibilizar o navegador, assim como outros 'plugins' que entraram em desuso.

Segundo a France Presse, o navegador, que foi agora descontinuado passados mais de 20 anos, era até recentemente o 'browser' predefinido dos sites do governo de Seul.

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