NASA divulga foto detalhada de galáxia "vizinha, antissocial e antiga"
O feito é do Telescópio Espacial James Webb.
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Tech NASA
O Telescópio Espacial James Webb captou imagens de uma galáxia "vizinha, antissocial e antiga", a (apenas) três anos-luz da Terra, com incrível detalhe. Trata-se da Wolf-Lundmark-Melotte (WLM), uma galáxia anã que apresenta características químicas semelhantes às galáxias que se formaram no início do universo.
A WLM “é pobre em elementos mais pesados que o hidrogénio e o hélio”, que terá perdido devido aos ventos galácticos, segundo adiantou Kristen McQuinn, professora assistente na Universidade Rutgers, em Piscataway, no estado norte-americano de Nova Jérsia, em comunicado da NASA.
“Embora a WLM tenha formado estrelas recentemente, e essas estrelas tenham sintetizado novos elementos, parte do material é expelido da galáxia quando as estrelas massivas explodem”, explicou a especialista, detalhando ser essa a razão que torna esta galáxia “super interessante” no que toca a investigação da formação e evolução das estrelas em sistemas semelhantes.
This galaxy polishes up real nice.
— NASA Webb Telescope (@NASAWebb) November 9, 2022
In this comparison of Spitzer, Hubble and Webb views, respectively, check out how Webb’s NIRCam instrument “makes the whole place shimmer” — with an assortment of stars, clouds of gas, and background galaxies. pic.twitter.com/sHrdonO7ZN
Nas imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb, McQuinn adiantou ser possível ver “uma miríade de estrelas individuais de diferentes cores, tamanhos, temperaturas, idades e estágios de evolução, nuvens interessantes de gás nebular dentro da galáxia, estrelas em primeiro plano, e galáxias de fundo com características elegantes”.
“É, realmente, uma imagem deslumbrante”, complementou.
O mais impressionante é a comparação do detalhe do Telescópio James Webb com o Telescópio Espacial Spitzer e o Telescópio Espacial Hubble, numa imagem divulgada pela NASA, na rede social Twitter. Na verdade, a entidade realçou que a NIRCam "faz tudo brilhar", numa referência ao tema ‘Bejeweled’, da cantora Taylor Swift.
Ainda assim, o principal objetivo dos investigadores passa por reconstruir a história da formação das estrelas desta galáxia. Como revelou McQuinn, “estrelas de baixa massa podem viver durante mil milhões de anos, o que significa que algumas das estrelas que vemos na WLM hoje formaram-se no início do universo”.
Nessa linha, será possível “obter informações sobre o que aconteceu num passado muito distante”, depois de se apurar as propriedades dessas estrelas de baixa massa e as suas idades.
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