As palavras de Dorsey - que inicialmente apoiou a compra do Twitter por Musk - surgem num diálogo mantido este domingo com um utilizador da Bluesky, a rede que ajudou a criar em 2019, quando ainda fazia parte da equipa de gestão do Twitter.
O utilizador perguntou-lhe se achava que Musk era o líder certo para o Twitter, ao que Dorsey respondeu: "Não. E também não acho que ele tenha agido corretamente ao perceber que era um mau momento [para a venda]. Também não acho que a direção devesse ter forçado a venda. Tudo caiu a pique", respondeu Dorsey.
Há apenas um ano, quando a direção do Twitter concordou com a compra de Musk - que ainda demoraria seis meses a concretizar-se, depois de numerosas hesitações bilionário -, o próprio Dorsey elogiou a chegada de Musk, mas a sua opinião parece ter mudado radicalmente no último ano.
A chegada de Musk trouxe uma gestão caótica que se traduziu na perda de anunciantes e de receitas, no despedimento ou na saída voluntária de três quartos do seu pessoal e, no que diz respeito aos utilizadores, na aposta numa subscrição paga - Twitter Blue, que permite editar ou apagar publicações e aparecer em destaque na plataforma - que se revelou um fracasso.
Não passa uma semana sem que Musk - que se recusou a nomear um diretor ou um gestor e prefere ser ele próprio a gerir a rede - anuncie uma nova mudança: a última é permitir que, a partir de maio, os meios de comunicação social cobrem pelos artigos que publicam no Twitter, ficando a rede com uma parte.
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