A agência espacial norte-americana (NASA) divulgou imagens na quinta-feira sobre a sonda russa Luna-25, que se despenhou no final de uma missão à Lua, mostrando que o aparelho deixou uma cratera de cerca de 10 metros de diâmetro após a queda.
A NASA, através da sua LRO (ou Lunar Reconnaissance Orbiter, uma espécie de satélite que circula na órbita do nosso satélite natural), captou as imagens na semana passada, depois do controlo de missão russo ter perdido o controlo sob a sonda e esta ter acabado por cair na superfície da Lua.
Em comunicado, os norte-americanos explica que "como esta nova cratera é próxima do ponto de impacto estimado da Luna-25, a equipa da LRO concluiu que esta provavelmente deve-se a essa missão, e não a um impacto natural". Acrescenta-se ainda que a sonda se tenha despenhado a cerca de 400 quilómetros do local onde os russos pretendiam aterrá-la.
NASA's Lunar Reconnaissance Orbiter (@LRO_NASA) has spotted a new crater on the Moon!
— Paul Byrne (@ThePlanetaryGuy) August 31, 2023
This particular crater was made by humans, when the Luna-25 spacecraft pancaked into the lunar surface.
You can even see blast marks radiating from the point of impact. pic.twitter.com/mlveHu1rBS
A Luna-25 foi a primeira missão russa à Lua em 47 anos, acabando por se tornar um grande fracasso quando, no dia 19 de agosto, se despenhou na aproximação à superfície. A agência espacial russa, a Roscosmos, explicou que os problemas começaram a surgir quando os motores que impulsionam o aparelho não responderam como era esperado, gerando uma falha de comunicação e numa rota descontrolada.
O governo de Moscovo anunciou que ia lançar uma investigação para determinar a causa do incidente.
Nas últimas semanas, aumentaram as notícias sobre o interesse de diferentes países na Lua, perante a perspetiva de ser possível encontrar água gelo no polo sul. Dias depois da missão russa ter chegado a um abrupto fim, a missão indiana da sonda Chandrayaan-3 Vikram conseguiu aterrar com sucesso na superfície da Lua, naquela que foi um feito histórico para a comunidade científica na Índia.
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