A reunião à porta fechada do Senado norte-americano, convocada pelo líder dos democratas na câmara alta do Congresso, Chuck Schumer, contou também com os diretores executivos da OpenAI, Sam Altman, da Google, Sundar Pichai e da Microsoft, Satya Nadella, entre outros.
Schumer perguntou aos empresários se concordavam em regulamentar a IA, e "cada um deles levantou a mão apesar de terem opiniões diferentes", revelou o senador à comunicação social, após a sessão.
O líder dos democratas na câmara alta convocou este fórum para que os senadores pudessem conhecer os benefícios e desafios da IA, que deu um grande passo no ano passado com o lançamento do ChatGPT, uma ferramenta capaz de escrever textos como se fosse um humano.
Schumer destacou que está convencido de que o Congresso "tem que tentar agir, por mais difícil que seja o processo", perante esta tecnologia que avança a passos largos.
Em declarações aos 'media' ao deixar o Senado, Musk, chefe da X (antigo Twitter), Space-X e Tesla, alertou para o risco da IA poder ser prejudicial.
Elon Musk defendeu a sua regulamentação e, nesse sentido, considerou que a reunião no Senado foi "muito importante para o futuro da civilização humana".
"Schumer pediu-nos para levantar a mão para ver se éramos a favor da regulamentação da IA, e acho que quase todos nós o fizemos", sublinhou.
Por sua vez, Zuckerberg realçou aos senadores que "o Congresso deveria colaborar com a IA a favor da inovação e para que haja garantias".
"Esta é uma tecnologia emergente, portanto há questões que devem ser abordadas e, em última análise, cabe às autoridades fazê-lo", apontou, citado por um comunicado publicado pela Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp,
Cerca de 60 dos 100 senadores compareceram na sessão, embora houvesse vozes que criticassem a impossibilidade de a comunicação social estar presente.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, apoiou na terça-feira o governo dos EUA no estabelecimento de uma agência independente para regular o uso da IA.
Há apenas dois meses, as grandes empresas tecnológicas do país aceitaram uma série de medidas de segurança propostas pela Casa Branca que contemplam a criação de testes internos e externos aos seus sistemas de IA antes de os tornarem públicos.
O governo dos EUA também adiantou que está a trabalhar para traduzir os compromissos voluntários das empresas norte-americanas numa estrutura internacional sobre o uso de IA, acrescentando que já realizou consultas com países como Brasil, Canadá, Coreia do Sul, França, Alemanha, Índia, Israel, Japão, México e Reino Unido.
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