O Center for Countering Digital Hate (CCDH) partilhou um novo estudo onde indica que o discurso de ódio está cada vez mais presente no X, a rede social antigamente conhecida como Twitter e que é atualmente controlada por Elon Musk.
Sublinhar que esta não é a primeira vez que o X é criticado por permitir a proliferação de discurso de ódio mas, graças a este novo estudo, há dados mais concretos sobre o que a empresa (não) está a fazer para contrariar esta tendência. Mais ainda, o conflito entre Israel e o Hamas tem servido para mais antissemitismo e islamofobia.
O CCDH adianta que o discurso de ódio e desinformação são sobretudo partilhados por utilizadores verificados que, graças ao pagamento da subscrição, recebem prioridade do algoritmo do X.
Os investigadores recolheram 200 publicações onde foi encontrado discurso de ódio contra judeus e palestinianos e, depois destas situações terem sido reportadas ao X, apenas quatro destas partilhadas foram apagadas. As restantes 196 publicações continuaram disponíveis na plataforma.
“O X procurou assegurar os anunciantes e o público de que têm o discurso de ódio controlado - mas a nossa investigação indica que estas não são mais do que palavras vazias”, nota o CEO da CCDH, Imran Ahmed. “Este é o resultado de cortares na segurança e moderadores, colocas o sinal do Batman para receber novamente utilizadores banidos e ofereces mais visibilidade a quem esteja disposto a pagar uma subscrição mensal”.
Ahmed acusa ainda Elon Musk de ter criado “um espaço seguro para racistas” e que procurou “transformar numa virtude a impunidade que os leva a atacar, assediar e ameaçar comunidades marginalizadas”.
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