Uma pesquisa feita com recurso ao Telescópio Espacial James Webb (JWST), divulgada na segunda-feira, concluiu que as “galáxias adolescentes”, que se formaram entre 2 e 3 mil milhões de ano após o Big Bang, são extremamente quentes.
Nas análises levadas a cabo por investigadores da Universidade de Northwestern, os dados coletados pelos cientistas mostram que estas podem atingir temperaturas muito elevadas, bem como conter elementos quentes, como níquel.
As temperaturas mencionadas chegaram a ultrapassar os 13.350ºC.
Já a descoberta de níquel deixou os especialistas boquiabertos.
"Nem nos meus sonhos mais loucos imaginei que veríamos níquel", disse Allison Strom, pesquisadora do departamento de Física e Astronomia da Northwestern University.
Note-se que mesmo em galáxias mais antigas e próximas, o níquel raramente é observado.
Os investigadores verificaram ainda que estas galáxias possuem surtos de crescimento, semelhantes aos dos adolescentes.
“Usando o JWST, o nosso programa verificou galáxias adolescentes quando elas estavam a passar por um período complicado de surtos de crescimento e mudanças. Os adolescentes muitas vezes têm experiências que determinam suas trajetórias até a idade adulta. Para as galáxias, é a mesma coisa”, afirmou Storm.
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