Ubisoft quer que serviços por subscrição se tornem a norma
É uma ideia que não agrada muito ao líder da produtora responsável por 'Baldur’s Gate III'.
© Ubisoft
Tech Videojogos
O diretor de subscrições da Ubisoft, Philippe Tremblay, afirmou em entrevista ao GamesIndustry.biz que os jogadores devem habituar-se à noção de não serem detentores de jogos - indicando que o consumo desta forma de entretenimento passará a ser sobretudo por via de serviços de subscrição.
“Não tenho uma bola de cristal, mas, olhando para os diferentes serviços por subscrição disponíveis, tivemos uma rápida expansão nos últimos anos, por isso ainda é relativamente pequeno comparado com outros modelos”, notou Tremblay.
“Uma das coisas que vimos é que os jogadores estão habituados a ter os seus próprios jogos, um pouco como acontecia com o DVD. É essa a mudança de consumo que tem de acontecer. Ficaram confortáveis em ter a sua coleção de CDs e de DVDs. Essa é uma transformação que tem sido mais lenta [nos videojogos]”, continuou o executivo, explicando que os jogadores devem manter o progresso nos títulos que jogam. “Se continuares a jogar em outra altura, o teu ficheiro de progresso ainda deverá lá estar. Não foi apagado. Não perdes o que construíste no jogo. É uma questão de ficarem confortáveis em não serem donos dos próprios jogos”.
Os comentários de Tremblay tiveram um impacto praticamente imediato na indústria, não só entre os jogadores como também para alguns produtores. Entre eles encontramos Swen Vincke, líder da Larian Studios e responsável por um dos grandes jogos de 2023, ‘Baldur’s Gate III’, que já havia afirmado em outra ocasião que este título não seria adicionado ao Xbox Game Pass da Microsoft.
Whatever the future of games looks like, content will always be king. But it’s going to be a lot harder to get good content if subscription becomes the dominant model and a select group gets to decide what goes to market and what not. Direct from developer to players is the way. https://t.co/wEUvd5adt0
— Swen Vincke @where? (@LarAtLarian) January 17, 2024
Agora, em reação aos comentários de Tremblay, Vincke voltou a tecer afirmações sobre esta ideia de haver jogos em serviços de streaming numa publicação na respetiva página da rede social X (ex-Twitter).
“Não importa o que o futuro reserva, o conteúdo sempre será o mais importante. Mas será muito mais difícil termos bom conteúdo se [o serviço por subscrição] se tornar o modelo dominante e um grupo limitado decida o que vai ou não para o mercado”, escreveu Vicke. “Não encontrarão os nossos jogos num serviço por subscrição”.
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