Em declarações aos jornalistas no campus de Ponta Delgada, Susana Mira Leal disse que uma das áreas consideradas "mais estratégicas [do protocolo] é a aposta que se pretende começar a fazer paulatinamente" na cibersegurança.
De acordo com a reitora da academia, que falava no final da assinatura do protocolo com a Universidade de Bridgewater, apesar de a academia açoriana já estar a desenvolver trabalho com o Centro Nacional de Cibersegurança, pretende-se aproveitar o conhecimento da universidade norte-americana, que "já está mais avançada e com programas mais robustos nesta matéria".
Assim, continuou, a Universidade dos Açores poderá beneficiar desse conhecimento "para crescer e consolidar um projeto formativo nesta área", com pós-graduação.
Susana Mira Leal disse ainda querer aprofundar com a academia norte-americana as relações internacionais, aproveitando a Universidade de Bridgewater a formação da Universidade dos Açores em estudos euro-atlânticos e a academia açoriana do seu conhecimento da América do Norte.
Os alunos dos estudos portugueses da Universidade de Bridgewater podem, entretanto, "contactar com a cultura, com a língua e literatura num contexto real, como acontece nos Açores", de acordo com Susana Mira Leal.
Frederic Clark Jr., presidente da universidade norte-americana, salientou, por seu turno, que um "terço dos 9.000 alunos da academia são descendentes de portugueses, particularmente descendentes açorianos".
O responsável referiu ainda que as duas universidades têm desenvolvido parcerias nos últimos cinco anos, mas notou que "há muito mais que se pode fazer nas áreas da cibersegurança e ecologia, levando os alunos a pesquisarem juntos".
"Estamos apenas no início de expandir a nossa parceria", afirmou Frederic Clark, adiantando que a academia norte-americana tem um novo programa na área da cibersegurança "com muitos recursos".
O responsável apontou como outras potenciais áreas de parceria as ciência da computação, a par da engenharia fotónica, "outro campo emergente".
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