Meta supera expectativas graças a festas, redução de custos e IA
A Meta, que é proprietária de Facebook, Instagram e WhatsApp, apresentou hoje resultados trimestrais acima das expectativas, graças às festividades de fim de ano, à redução de custos e ao desenvolvimento da inteligência artificial.
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A Meta teve um volume de negócios de 40 mil milhões de dólares no quarto trimestre, que lhe permitiu um lucro de 14 mil milhões.
A Facebook, a rede social lançada há 20 anos a partir de um dormitório na Universidade de Harvard, tinha 2,11 mil milhões de utilizadores no final do ano, mais 20 milhões do que três meses antes.
No total, cerca de quatro mil milhões de pessoas usam pelo menos um dos serviços da empresa (redes sociais e mensagens) todos os meses.
"2023 foi um ano espantosamente bom para a Meta", comentou Debra Williamson, analista independente.
"Quatro fatores contribuíram para a recuperação do grupo: os investimentos na inteligência artificial (IA) para melhorar os desempenhos publicitários, a procura aumentada dos anunciantes para os Reels (vídeos curtos), os investimentos dos anunciantes chineses (Shein, Temu) e o crescimento regular do número de utilizadores mensais das aplicações", desenvolveu.
Há um ano, depois de um 2022 catastrófico para a Meta, Mark Zuckerberg tinha prometido "um ano de eficácia".
Mas, entre despedimentos, dúvidas sobre o Metaverso e conflitos com as autoridades, o ano passado não tinha sido evidente para o conglomerado das redes sociais.
No final de outubro, uma quarentena de Estados norte-americanos apresentaram queixas contra o grupo, acusando de prejudicar "a saúde mental e física da juventude".
Mas, do ponto de visto dos investidores, Zuckerberg "esteve à altura" da sua promessa, disse Jasmine Enberg, da Insider Intelligence.
"A Meta não é tão inovadora como a Facebook há 20 anos, mas sabe como fazer", avançou, mencionando a integração das novas tecnologias da IA nas suas plataformas e uma parceria com a Amazon, no quatro trimestre, para contrariar o avanço da TikTok nas vendas em direto.
Para 2024, a Insider Intelligence prevê receitas publicitárias de 98,2 mil milhões de dólares para a Meta, o que representa mais de 14% do mercado mundial. A Instagram será origem de mais de metade do montante em causa.
Mas o grupo de Menlo Park, no Estado da Califórnia, tem escolhas difíceis à frente.
"A Instagram é a aplicação que mais novos utilizadores traz à Meta. A empresa tem de encontrar o bom equilíbrio entre gerar lucros desta audiência e assegurar a sua segurança", sublinhou Jasmine Enberg.
O conglomerado tem ainda de "provar que as suas grandes apostas -- a IA e o metaverso - são complementares".
A Reality Labs, que tem a função de desenvolver os instrumentos e as aplicações da realidade aumentada e virtual, aumentou as perdas para 16 mil milhões de dólares em 2023, acima dos prejuízos de 13,7 mil milhões registados em 2022.
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