O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amirabdolahian, acusou o "império de Silicon Valley", na Califórnia, de censurar Khamenei por ser o "defensor principal" da causa palestiniana na guerra em curso entre Israel e o Hamas.
A empresa Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, anunciou o encerramento das duas contas de Khamenei em fevereiro, por violação da sua política de segurança.
O chefe da diplomacia iraniana descreveu a decisão como ilegal e sintomática do "colapso do sistema moral a nível mundial", em comentários ao 'site' Middle East Eye, citados pela agência espanhola Europa Press.
"O bloqueio das contas do líder supremo não só viola a liberdade de expressão como é um insulto aos seus milhões de seguidores", disse Amirabdolahian.
O ministro considerou que "os 'slogans' sobre a liberdade de expressão proclamados por muitos no Ocidente não passam de 'slogans' vazios e uma cobertura para objetivos políticos ilegítimos".
O Irão é um dos principais apoiantes do grupo islamita palestiniano Hamas, que está em guerra com Israel desde que atacou o sul do país em 07 de outubro de 2023.
O ataque sem precedentes provocou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou cerca de 40.000 mortos, de acordo com as autoridades do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
O Irão também apoia o grupo libanês Hezbollah, que tem atacado o norte de Israel, e os rebeldes houthis do Iémen, que atacam navios no Mar Vermelho e no Golfo de Áden para apoiar o Hamas.
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