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Rede social Weibo censura referências ao novo líder de Taiwan

A rede social chinesa Weibo bloqueou hoje qualquer referência à tomada de posse do novo líder de Taiwan, William Lai, considerado por Pequim um "perigoso separatista", impedindo que se torne viral no continente chinês.

Rede social Weibo censura referências ao novo líder de Taiwan
Notícias ao Minuto

10:17 - 20/05/24 por Lusa

Tech Weibo

Uma das referências, que lembrava aos utilizadores que "em Taiwan, a 20 de maio, um novo governo toma posse", foi apagada e substituída pela mensagem: "de acordo com as leis, regulamentos e políticas em vigor, o conteúdo deste tópico não pode ser publicado", indica a agência France Presse.

Outra publicação que afirmava simplesmente que "Lai toma hoje posse" foi também eliminada.

As referências ao seu nome e à antecessora, Tsai Ing-wen, no contexto da tomada de posse, também foram bloqueadas.

No entanto, pesquisas do nome de Lai no contexto de outros temas continuam a produzir resultados.

A China exerce controlo apertado sobre os órgãos de comunicação social. A Internet está sujeita também à censura de conteúdos considerados sensíveis pelo governo ou suscetíveis, na sua opinião, de causar agitação popular.

O Weibo bloqueia regularmente 'hashtags' consideradas politicamente sensíveis para evitar que se tornem virais nesta plataforma utilizada por centenas de milhões de pessoas na China.

A questão de Taiwan é altamente sensível na China.

O Partido Comunista Chinês reivindica a ilha de 23 milhões de habitantes, governada desde 1949 por um regime rival, como uma das suas províncias.

O novo líder de Taiwan foi empossado hoje, sucedendo a Tsai Ing-wen, cujos oito anos no poder foram marcados por uma deterioração das relações com Pequim.

Durante as eleições presidenciais de Taiwan, em janeiro, a rede bloqueou referências à votação.

Lai apelou à China para que "acabe com a sua intimidação política e militar" no seu discurso de tomada de posse, que foi largamente ignorado pelos órgãos de comunicação chineses.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.

Leia Também: Taiwan? Pequim adverte que busca pela independência é um "beco sem saída"

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