Fórum lusófono debate IA e inclusão digital a partir de Cabo Verde

A inteligência artificial em português e a inclusão digital, sustentabilidade e tecnologias emergentes são temas em debate, hoje e quinta-feira, no 2.º Fórum Lusófono de Governação da Internet (FLGI), em Cabo Verde, anunciou a organização.

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Lusa
11/09/2024 07:16 ‧ 11/09/2024 por Lusa

Tech

Inteligência Artificial

O evento vai reunir representantes de governos, empresas e diversas organizações dos países de língua portuguesa, na sequência do primeiro encontro, realizado há um ano, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil.

 

O programa arranca hoje, na Cidade Velha, ilha de Santiago, com um debate sobre como aumentar a representatividade da língua portuguesa nos modelos de aprendizagem automática que alimentam a inteligência artificial e a importância da revisão, considerando o multilinguismo dos países lusófonos.

Na quinta-feira, na capital, Praia, estarão em foco os desafios dos países lusófonos para reduzir a infoexclusão, bem como as estratégias e iniciativas adotadas para integrar áreas rurais e comunidades menos favorecidas.

De acordo com a União Internacional das Telecomunicações, a introdução de novas tecnologias pode agravar a exclusão, algo que "já está a acontecer com o 5G". 

Estimativas globais mostram que "89% da população em países de altos rendimentos é coberta por 5G", mas "nos países de baixos rendimentos, apenas 1% da população está abrangida", referiu Cosmas Zavazava, diretor da organização, na apresentação do relatório mundial de 2023.

"O 3G -- nem sequer o 4G -- continua a ser, de longe, a tecnologia de banda larga móvel mais prevalente nos países mais pobres, onde mais de 20% da população continua fora da rede", concluiu.

O fórum é organizado pela LusNIC, que junta as entidades de gestão, registo e manutenção de domínios de topo dos países de língua oficial portuguesa, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) de Portugal, a Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME) de Cabo Verde, o Comitê Gestor da Internet do Brasil (Cgi.br), a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) de Portugal, a Associação DNS.pt, que gere o domínio PT, e o Núcleo de Informação e Coordenação (Nic.br) do Brasil.

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