"Não se pode esperar que subscrevamos iniciativas que não consideramos serem do nosso interesse nacional", explicou um porta-voz do primeiro-ministro, Keir Starmer.
"Não foi possível chegar a acordo sobre todas as partes da declaração, mas continuaremos a trabalhar com França em outras iniciativas", acrescentou.
Os Estados Unidos e o Reino Unido não assinaram a declaração da Cimeira de Paris sobre IA, que apela para que a aplicação desta tecnologia seja aberta e ética.
Um total de 60 países e entidades supranacionais (como a UE) subscreveram a declaração, que afirma que uma das principais prioridades deve ser "garantir que a IA seja aberta a todos, inclusiva, transparente e ética".
Os signatários apelaram para uma maior coordenação da governação da IA, exigindo um "diálogo global", e pediram que se evite a "concentração do mercado" para tornar a tecnologia mais acessível.
A declaração conjunta quer também "proteger os direitos humanos, a igualdade de género, a diversidade linguística, os direitos dos consumidores e os direitos de propriedade intelectual".
Outro compromisso é "tornar a IA sustentável para as pessoas e para o planeta".
Outras prioridades incluem aumentar a acessibilidade da IA para colmatar o fosso digital, evitar a concentração do mercado neste setor e promover a cooperação e a coordenação da governação internacional.
Os signatários incluem os 27 Estados da União Europeia, bem como a própria UE, a China, a Índia, a Austrália, o Canadá, o Brasil e o Chile.
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