O uso da internet e das redes sociais tem, claramente, uma grande influência na sociedade… e no corpo. O site AsapScience compilou algumas das cinco mudanças que este fenómeno provoca no cérebro das pessoas.
Em primeiro lugar, aceder com frequência à internet e às redes sociais é tão viciante que 5% dos internautas não consegue fazer ‘log off’ nem tão pouco controlar o tempo que passa online. A dependência face aos social media pode assemelhar-se à das bebidas alcoólicas e drogas, uma vez que as pessoas ficam menos capazes de conseguir distinguir emoções, tomar decisões e até mesmo de prestar atenção a determinadas coisas e situações. O vício nas redes sociais faz ainda com que a pessoa deseje mais estímulos, estímulos esses associados à satisfação que têm quando acedem a sites. Por cada interação, o cérebro pede mais e mais.
A tendência ‘muti tasking´ da vida 'em rede' produz outros efeitos nefastos. Segundo o AsapScience, usar as redes sociais e aceder à internet em vários dispositivos piora o desempenho das pessoas nas mais variadas funções, uma vez que se torna, assim, cada vez mais difícil desligar do mundo virtual. Além disso, dificulta a tarefa do cérebro em reter informação.
Além disso, o uso frequente destas ferramentas e de vários equipamentos faz com que os utilizadores padeçam da síndrome da vibração fantasma. É um fenómeno psicológico e faz com que as pessoas pensem com frequência que ouviram o telemóvel a vibrar quando tal não aconteceu. Esta síndrome está associada ao desejo de estímulos fornecidos pelas redes sociais. Segundo um estudo, 89% das pessoas tem esta sensação pelo menos uma vez a cada duas semanas. Aliás, sempre que as pessoas sentem algum tipo de vibração, já associam automaticamente ao telemóvel, quando pode não ser.
Um outro efeito das redes sociais e do uso abusivo de internet é o de provocar no cérebro estímulos ‘errados’. A dopamina - a substância química neurotransmissora e estimuladora do sistema nervoso central - fica mais ativa quando as pessoas falam sobre as suas publicações nas redes sociais, o que não acontece quando ouvem os outros.
A parte do cérebro que envolve os orgasmos, o amor e a motivação fica, assim, mais estimulada, na presença de redes sociais e de conversas centradas na própria pessoa. E acontece com mais intensidade quando se sabe que temos alguém atento às nossas publicações. Um outro estudo citado revela que 80% das conversas nas redes sociais e chats dizem respeito a si mesmo.
Um último impacto das redes sociais reside no facto de as pessoas perderem a parte da capacidade de se manter frente a frente. Estudos mostram que nos casais o amor parece maior quando se conhecem online.