Pessoas com mais de 55 anos são mais vulneráveis a 'deepfakes'

Pessoas com mais de 55 anos são considerados mais vulneráveis à exposição a 'deepfakes' porque cerca de um em cada três inquiridos nunca ouviu o termo, revela o Relatório Anual de Inteligência Artificial (IA) de Ameaças 2025, desenvolvido pela iProov.

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Lusa
05/03/2025 14:58 ‧ ontem por Lusa

Tech

Inteligência Artificial

De acordo com o relatório, cerca de 30% das pessoas entre os 55 e 64 anos nunca ouviram falar de 'deepfakes', sendo que esta percentagem sobe para 39% para as pessoas com 65 ou mais anos.

 

Segundo a pesquisa, um em cada cinco entrevistados (22%) admite nunca ter ouvido falar do termo 'deepfake'.

Apenas 0,1% dos entrevistados conseguiram identificar todos os exemplos de 'deepfakes' com precisão e 9% conseguiram reconhecer os vídeos falsos.

Além disso, 48% dos inquuiridos não têm conhecimento dos procedimentos adequados de denúncia de 'deepfakes', 25% verificaram a informação através de fontes alternativas, 11% realizaram análises críticas de fontes e 29% não tomaram qualquer atitude quando se deparam com as suspeitas de 'deepfakes'.

Cerca de 49% dos inquiridos relataram uma queda na confiança nas redes sociais, e, embora cientes de possíveis fraudes, os utilizadores raramente tomam medidas de precaução.

Três em cada quatro pessoas (74%) inquiridas revelam preocupação com o impacto social dos 'deepfakes', especialmente no que diz respeito à disseminação de notícias falsas (68%), sendo que na população com mais 55 anos esta a percentagem é de 82%.

O relatório revelou ainda a existência de mais de 60 grupos dedicados à criação de imagens sintéticas, com tamanhos que variam de 100 a mais de 100 mil membros, sendo que um dos maiores possui 114 mil participantes espalhados por todo o mundo.

A iPoov dispõe de um quiz 'online' onde as pessoas podem testar as suas capacidades em identificar 'deepfakes', acessível através da ligação: https://quiz.iproov.com/

A 'deepfake' é uma técnica de IA que permite criar conteúdos falsos através da manipulação de fotos, vídeos e áudios usando a tecnologia de redes neutrais generativas.

A iProov é uma empresa que se dedica a combinar 'sotfware' com ciência para fornecer verificação e autenticação biométricas continuas e seguras, sendo que o relatório anual da empresa é feito com base nas informações extraídas do seu centro de operações de segurança (iSOC), bem como em entrevistas a 2.000 consumidores no Reino Unido e Estados Unidos da América (EUA).

Leia Também: China elogia avanço da IA da DeepSeek e defende modelo de fonte aberta

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