A Signal é uma das aplicações de mensagens mais faladas do momento, uma popularidade que muito deve à recente polémica com os altos funcionários da administração Trump que trocaram informações confidenciais num grupo de conversa onde estava incluído um jornalista.
Mas o que é realmente a Signal? É uma app segura? Quão fiável é a tecnologia de encriptação incluída? Pois bem, estamos aqui para lhe explicar tudo.
Tal como acontece com outras aplicações tão ou mais populares, a Signal está equipada com encriptação ponto a ponto - o que significa que não é possível aceder a comunicações tida entre duas pessoas, sejam elas mensagens ou chamadas de voz. Mais ainda, nota a Associated Press que o protocolo de encriptação da Signal é o mesmo usado pelo WhatsApp e, tendo em conta que está ativado assim que instala e começa a usar a aplicação, não terá de ter receio de ativar qualquer definição.
Esta atenção à segurança está, aliás, na base da criação da Signal e da entidade responsável - a Signal Technology Foundation. Esta organização sem fins lucrativos foi fundada em 2018 e, tal como se pode ler no próprio site, afirma que a sua missão é “proteger a liberdade de expressão e garantir uma comunicação global segura através de tecnologia de privacidade ‘open source’”.
Há outras funcionalidades a saber caso esteja interessado na Signal. Os grupos de mensagens têm um limite de mil pessoas (no WhatsApp são 1.024) e os utilizadores podem criar mensagens que se autodestroem após um ter passado um determinado período de tempo (uma funcionalidade que também está presente no WhatsApp).
Serve notar, contudo, que tal como acontece com outras apps de mensagens, a Signal é vulnerável a determinados tipos de ciberataques, como é o caso de ataques de ‘phishing’. Ao invés de procurar vulnerabilidades nos sistemas informáticos, este tipo de ataque procura enganar pessoas - através de e-mails ou mensagens de texto fraudulentas - a partilharem dados sensíveis. Desta forma, a Signal pode ser usada para levar a cabo este tipo de ciberataques, aconselhando-se cautela aos utilizadores de forma a garantirem que sabem sempre com quem estão a falar.
Como curiosidade, serve notar que a Signal Technology Foundation foi fundada não só pelo empreendedor e especialista em encriptação Matthew Rosenfeld (conhecido também como Moxie Marlinspike), mas também por Brian Acton - um dos fundadores do WhatsApp que em setembro de 2017 abandonou a empresa que, à época, já era detida pela Meta.
Leia Também: EUA. Escândalo envolve Signal (que aproveita): "Não percam oportunidade"