CEO da Nvidia visita China e pretende continuar a exportar para o país

O presidente executivo (CEO) da Nvidia, Jensen Huang, viajou hoje a Pequim para se encontrar com funcionários chineses e manifestou o desejo de continuar a trabalhar na China.

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Lusa
17/04/2025 12:01 ‧ há 2 dias por Lusa

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Esta visita aconteceu um dia depois de ter sido tornado público que Washington vai exigir uma licença para exportar os chips H20 da Nvidia para a China.

 

De acordo com as mensagens publicadas nas redes sociais afiliadas à televisão central estatal chinesa, Huang chegou a Pequim hoje a convite do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, um organismo estatal que representa os exportadores chineses.

Huang, de 62 anos, encontrou-se com o presidente do conselho, Ren Hongbin, a quem manifestou a esperança de que a Nvidia "possa continuar a cooperar com a China", uma vez que se trata de um "mercado-chave" para a empresa, informou a emissora estatal CCTV.

A Nvidia anunciou na quarta-feira que a nova licença de exportação poderá ter um impacto nas suas contas de até 5,5 mil milhões de dólares (cerca de 4,4 mil milhões de euros).

O H20 é uma unidade de processamento gráfico (GPU) concebida para o mercado chinês em resposta aos controlos de exportação anteriormente impostos pelos EUA.

As empresas chinesas continuaram a confiar nos chips da Nvidia para treinar e executar grandes modelos de linguagem (LLM), de acordo com analistas citados pelo South China Morning Post, de Hong Kong.

Contudo se a atividade da Nvidia na China abrandar drasticamente, a empresa poderá perder 10% das suas receitas totais do ano passado, segundo Brian Colello, especialista da Morningstar.

A Nvidia começou a vender chips H20 no mercado chinês no início de 2024, depois de os seus chips avançados A100, H100, A800 e H800 AI terem sido sujeitos a controlos de exportação dos EUA devido a questões de segurança nacional.

Embora o Presidente dos EUA, Donald Trump, tenha suspendido por 90 dias as tarifas sobre a maior parte do mundo, não o fez com a China, um dos seus principais parceiros comerciais, nomeadamente no domínio da tecnologia.

Além disso, ontem o The New York Times noticiou que a administração Trump está a visar a empresa chinesa de inteligência artificial (IA) Deepseek, à qual a Nvidia fornece chips.

O Comité da China da Câmara dos Representantes dos EUA pediu à Nvidia para explicar se a empresa chinesa DeepSeek obteve chips sujeitos a controlos de exportação para a sua 'app' de inteligência artificial, que, segundo os legisladores, representa "uma ameaça à segurança nacional", acrescenta o jornal.

Leia Também: EUA podem banir uma das ferramentas de IA mais populares do momento

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