Plataforma ajuda a usar transportes nos 17 municípios
A plataforma "mobilidade.amp", ferramenta de Internet lançada hoje, junta a oferta em linhas e horários de transportes coletivos nos 17 concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP).
© http://www.amp.pt/
A ferramenta é de acesso gratuito e os responsáveis da AMP garantem que ali estão disponíveis "os melhores percursos", podendo ser pesquisado, por exemplo, como chegar e que transbordos fazer entre a Baixa do Porto e o centro de Santo Tirso "em tempo real e de uma maneira rápida, cómoda e eficaz".
No futuro, a AMP quer disponibilizar também preçários.
De acordo com o secretário da comissão executiva da AMP, Avelino Oliveira, a "mobilidade.amp" tem atualmente 75% "daquilo que está no terreno", no que diz respeito a operadores e linhas.
O responsável explicou que alguns operadores de transportes públicos remeteram para mais tarde o envio de informação para a AMP "uma vez que estão a proceder a reorganizações de linhas e de horários".
Segundo Avelino Oliveira, envolveram-se nesta plataforma mais de 30 operadores.
"A plataforma permite construir, em tempo real, rotas e planear viagens através da descrição de pontos de passagem definidos pelo utilizador e que, interligados, originam uma rota à sua escolha", lê-se no folheto de promoção deste projeto distribuído esta manhã à imprensa, aos parceiros e autarcas da AMP.
O presidente do Conselho Metropolitano da AMP, Hermínio Loureiro, sublinhou que esta ideia "personifica o espírito metropolitano", apresentando-a como "exemplo de proximidade com a população" e "importante" na "defesa do ambiente e da sustentabilidade".
O responsável aproveitou para desafiar outras comunidades intermunicipais a lançarem plataformas idênticas e afirmou que "o Portugal 2020 pode ser a última oportunidade para o Conselho Metropolitano recuperar algum tempo perdido".
Na cerimónia desta manhã foi revelado que 62% dos movimentos pendulares na AMP são feitos através de automóvel com os municípios de Vila Nova de Gaia, Gondomar e Valongo a liderarem a lista, seguidos de Matosinhos, Maia e Porto.
Aos concelhos citados, acrescem Arouca, Espinho, Oliveira de Azeméis, Paredes, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra e Vila do Conde como integrantes da AMP.
"A dependência do automóvel tem de ser alterada. Este desafio não é só de um município, é de todos", defendeu a cocoordenadora do Plano Estratégico de Base Territorial da AMP, Teresa Sá Marques, numa apresentação intitulada "Contributos para a estratégia de mobilidade territorial na AMP", na qual abordou áreas de investimento enquadradas no novo quadro comunitário.
"Temos alguns condicionantes [referindo-se aos parâmetros estabelecidos pela Acordo de Parceria assinado no âmbito da entrada da 'troika' em Portugal] mas acho que vamos ter espaço para fazer algumas coisas", considerou Teresa Sá Marques.
Esta plataforma conta com contributos da Autoridade Metropolitana dos Transportes do Porto.
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