Redes sociais ajudam democracia, mas não podem ser única solução
O presidente do grupo Impresa, Pinto Balsemão, considerou esta sexta-feira que as redes sociais podem ser um bom instrumento a favor da democracia e da liberdade, mas avisou que é perigoso vê-las como única e última solução.
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Tech Balsemão
Francisco Pinto Balsemão falava na quinta-feira à noite num jantar-debate sobre o presente e futuro da democracia, no Grémio Literário, em Lisboa, iniciativa organizada pelo Clube Português de Imprensa, Centro Nacional de Cultura e agência Lusa.
“As redes sociais podem ser um excelente instrumento a favor da democracia, da liberdade e dos direitos humanos, mas é altamente perigoso elegê-las na solução única e última dos problemas dos direitos humanos, da liberdade e da democracia”, declarou o fundador do jornal Expresso.
Apesar de sublinhar que valoriza e louva as novas tecnologias, Pinto Balsemão também afirmou que, através do “mundo maravilhoso da Internet”, o exercício da liberdade “ultrapassou limites que não são aceitáveis nem estão a ser controlados”.
No seu discurso, o proprietário da SIC elegeu a dificuldade em conciliar liberdade e segurança como uma das “incógnitas” e desafios que se colocam à democracia.
Para Balsemão, têm sido cometidos “enormes atropelos” às liberdades em nome da segurança, o que pode ensombrar o futuro da democracia.
A videovigilância que tem alastrado por vários espaços públicos, o controlo da investigação policial a chamadas telefónicas ou e-mails ou filmagens feitas pela polícia numa manifestação são alguns dos exemplos apresentados de como a “segurança vai ganhando à liberdade”.
“As cedências, mais ou menos conscientes, que fazemos em nome da segurança diminuem a nossa liberdade e ensombram o presente e o futuro da democracia representativa”, comentou.
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