A informação foi prestada hoje à Lusa pelo líder da equipa de investigadores, Luís Oliveira e Silva, do Grupo de Lasers e Plasmas do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST.
Até 2018, a equipa vai usar 45 milhões de horas de computação no supercomputador MareNostrum 4, que funciona no Barcelona Supercomputing Center - Centro Nacional de Supercomputação.
O supercomputador permite fazer cálculos e executar programas usando milhares de processadores ao mesmo tempo, explicou Luís Oliveira e Silva.
Com o tempo de computação obtido, a equipa do IST pretende testar hipóteses e modelos, através de simulações numéricas, dos processos físicos correspondentes a tempestades eletromagnéticas de estrelas mais violentas, como pulsares e magnetares (estrelas de neutrões com campos magnéticos muito fortes).
O acesso do IST ao MareNostrum 4 foi feito através uma candidatura ao consórcio europeu de supercomputação PRACE, do qual Portugal faz parte.
O consórcio, que junta os maiores centros de supercomputação da Europa, disponibiliza tempo de supercomputação para a indústria e a investigação científica.
O valor das horas de computação atribuídas ao Instituto Superior Técnico ronda os dois milhões de euros, sendo que o trabalho do IST será realizado em colaboração com o Instituto de Estudos Avançados em Princeton, nos Estados Unidos, indicou o IST em comunicado.